Press "Enter" to skip to content

Adolescente desaparecida em MG é encontrada com família de ciganos, em Iaciara

Uma adolescente que deixou sua casa após marcar encontro com outro adolescente pelas redes sociais foi encontrada com uma família de ciganos cinco meses depois, em Iaciara, no nordeste de Goiás. A família havia registrado um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento em Januária (MG).

O caso foi descoberto pela equipe do conselho tutelar no dia 21 de novembro, mas só foi divulgado nesta terça-feira (30). De acordo com o conselheiro Júlio César, os conselheiros chegaram até os ciganos que estava com adolescente após denúncias feitas pela família, aonde acusava a filha do vizinho de sofrer maus-tratos.

“Nós até constatamos esse caso do vizinho dele. Ao conversar com ele [cigano] vimos que a adolescente, que ele apresentou como filha, estava com um comportamento estranho, meio triste, não olhava no nosso rosto”, contou o conselheiro.

Apesar da desconfiança, a equipe do conselho deixou o local. No entanto, no dia seguinte, o pai da família apareceu ao Conselho Tutelar na companhia de um advogado e disse que a adolescente não era filha dele, como havia dito anteriormente.

“Ele deve ter ficado assustado. Suspeitamos o fato de ele ter nos procurando com um advogado. Ele contou que tinha pegado a adolescente após ela fugir de casa em Minas Gerais e alegar que sofria maus-tratos”, disse o conselheiro.

Após isso, a equipe entrou em contato com o Conselho Tutelar de Minas Gerais e descobriu que a adolescente estava desaparecida há cinco meses e que a família estava desesperada a sua procura. Ao saber disso, o conselheiro entrou em contato com o Ministério Público de Goiás (MP-GO) e conseguiu a autorização para resgatar a menina da casa do cigano.

A adolescente foi resgatada pelos conselheiros e levada a um abrigo da cidade, onde ficou por dois dias e, em seguida, foi entregue à família em Minas Gerais.

“A gente checou se a menina, de fato, sofria maus-tratos da família verdadeira, conforme dito pelo cigano. Ligamos na escola, falamos com outros familiares e isso não foi constatado”, disse Júlio César.

Fuga

Segundo o Conselho Tutelar, a menina fugiu de casa, no dia 5 de agosto deste ano, após marcar um encontro com o filho do cigano, também adolescente. Conforme o conselheiro, o próprio pai do adolescente foi quem buscou a menina na cidade onde ela morava durante a madrugada.

Ao chegar em Goiás, o celular da adolescente foi vendido pelo cigano para comprar alimentação e, desde então, ela trabalhava vendendo panos de prato pelas ruas de Iaciara.

Após o resgate, a família de ciganos deixou a cidade.