Adolescente é apreendido depois de tentar atear fogo em colega dentro de escola, em Jataí

Um estudante de 16 anos foi apreendido depois de tentar atear fogo no corpo de um colega, de 15 anos, dentro da Escola estadual José Manoel Vilela II, em Jataí. O caso aconteceu nesta quarta-feira (6). De acordo com a PM,  o agressor praticava bullying com a vítima desde quando passaram a estudar juntos na mesma sala. A fim de intimidar a vítima, o adolescente passava a mão no seu cabelo, além de dar ponta pés em sua carteira querendo provocá-lo para brigarem.

Segundo o Tenente do Batalhão Escolar, André Leão, o estudante pegou um vidro de álcool em gel e derramou nas costas do menor. Depois de molha-lo com o líquido, o jovem colocou fogo em um bloco de anotações e então atingiu o braço direito da vítima que conseguiu se livrar do fogo. Em seguida, o adolescente teria dado um tapa na nuca do aluno e também joga gel no seu rosto.

“Depois do ocorrido o adolescente foi até a sala da coordenadora que acionou a Patrulha Escolar e o Conselho Tutelar. O pai do adolescente foi chamado no colégio e chegou na sala da direção já com os ânimos alterados, questionando o motivo de tê-lo chamado no colégio e que a escola estava perseguindo o filho”, explicou.

Confusão

Ainda de acordo com o tenente, ao pedir ao pai para escutar o que a diretora da unidade de ensino teria a dizer, o homem se levantou da cadeira e falou que iria retirar seu filho do colégio. Os policias insistiram que o homem ouvisse a profissional, além de pedir para que ele entregasse seus documentos para ser identificado. No entanto, ele descumpriu as ordens e precisou ser levado à delegacia junto do filho.

“O homem não obedeceu o que foi pedido e tentou agredir os policias com um capacete, mas acabou sendo rendido. Ele e o filho foram levados à delegacia de Polícia Civil. Uma ocorrência por desobediência e agressão foi aberta contra o pai, já o adolescente pode responder pelo ato infracional análogo ao crime de lesão corporal”, concluiu.

Em nota, Secretaria Estadual de Educação:

Felizmente não houve feridos. A Escola José Manoel Vilela, a partir de orientações do Protocolo de Segurança Escolar adotado na rede pública estadual de ensino desde 2019, chamou as famílias dos envolvidos, acionou o Conselho Tutelar e a Polícia Militar, para o encaminhamento de providências.
 
A Escola, neste momento, se empenha com vistas a que o ocorrido não se repita e que a boa convivência, própria ao ambiente escolar, se restabeleça o mais brevemente possível.
 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp