Adolescente é denunciado após arrancar pedaço da orelha de colega autista

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Um adolescente de 16 anos foi denunciado por arrancar parte da orelha de um estudante autista de 12. O menino teria mordido o mais novo durante uma briga em uma escola estadual de Goiandira, no sudoeste de Goiás. De acordo com a tia do ferido, a agressão ocorreu no refeitório da unidade de ensino, após o mais velho ter provocado o garoto com tapas e o “prender” com uma gravata.

 

No momento em que foi imobilizado pelo adolescente, o garoto autista mordeu o dedo dele ao tentar se defender. Porém,  isso acarretou na perda de uma parte da orelha dele. Poliana Aparecida, tia do ferido, relatou que o sobrinho vinha sendo importunado pelo suspeito há meses e chegou a informar a diretora da escola, mas nada foi feio.

 

“O adolescente deu alguns tapas no pescoço dele, que foi até a coordenação e reclamou. Quando o meu sobrinho voltou para a sala, ele levou tapas do estudante novamente. Neste momento, ele foi falar com a diretora, que informou que iria resolver o problema depois do recreio. Ele foi para o refeitório, onde voltou a ser agredido e acabou jogando um copo com suco no outro aluno, mas não o acertou”, disse Poliana

 

Após o episódio, o estudante foi encaminhado para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, mas logo recebeu alta. Apesar de já ter passado uma semana desde o dia da agressão, ele ainda sente dores e ressalta que não quer voltar à escola.

 

“Ele está assustado, chora muito, traumatizou ele. Não está conversando com a gente, fica mais calado. Está tomando medicação e estamos esperando para fazer um enxerto. Se a diretora tivesse dado atenção isso não teria acontecido”, contou.

 

O caso é investigado pela Polícia Civil (PC). O delegado Fernando Maciel relatou que ouviu os familiares da vítima e que irá pedir um novo exame de corpo de delito para saber se a lesão será permanente.

 

De acordo com o Maciel, as investigações continuarão para entender o que ocorreu na unidade de ensino e se houve omissão por parte da escola, como denunciado pela família do garoto.

 

“Se confirmado que houve perseguição e a agressão, o adolescente irá responder por ato infracional análogo ao crime de lesão corporal. Se a agressão causar uma deformidade permanente, ele vai responder por ato infracional análogo ao crime de lesão corporal grave”, concluiu.

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Operação desmantela esquema de fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil; grupo aliciava funcionários e terceirizados

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) lançaram uma operação para desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes que somaram mais de R$ 40 milhões contra clientes do Banco do Brasil. A ação, realizada na manhã desta quinta-feira, 21, incluiu a execução de 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados, entre eles funcionários e terceirizados do banco.
 
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), revelaram que os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos, como modens e roteadores, para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes. Esses dispositivos permitiam que os criminosos manipulassem informações, realizassem transações bancárias fraudulentas, cadastrassem equipamentos, alterassem dados cadastrais e modificassem dados biométricos.
 
A quadrilha atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas. Havia aliciadores que recrutavam colaboradores do banco e terceirizados para obter senhas funcionais; aliciados que forneciam suas credenciais mediante pagamento; instaladores que conectavam os dispositivos aos sistemas do banco; operadores financeiros que movimentavam os valores desviados; e líderes que organizavam e coordenavam todas as etapas do esquema.
 
As denúncias começaram a chegar à polícia em dezembro de 2023, e as investigações apontaram que o grupo criminoso atuava em várias agências do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, incluindo unidades no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel, Centro do Rio, Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
 
O Banco do Brasil informou que as investigações começaram a partir de uma apuração interna que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. A instituição está colaborando com a investigação, fornecendo informações e subsídios necessários.
 
A operação contou com a participação de cerca de 25 equipes policiais e tem como objetivo apreender dispositivos eletrônicos ilegais, coletar provas e identificar outros integrantes do esquema criminoso. Além disso, as autoridades estão em busca do núcleo superior do grupo criminoso e dos beneficiários dos recursos desviados.

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