Recentemente, um caso chocante foi descoberto envolvendo uma adolescente mantida em cárcere por dois anos pela mãe, o padrasto e uma terceira pessoa. Segundo a polícia, a jovem relatou ter sido vítima de violência física e psicológica por parte dos adultos envolvidos no caso. O episódio ocorreu no Setor Leste Vila Nova, em Goiânia, e só foi revelado após a vítima conseguir escapar e denunciar a situação.

A adolescente, juntamente com a mãe e a terceira pessoa envolvida, viviam em uma residência onde os crimes ocorreram. Filha de oito anos da terceira suspeita também morava no local. Após a fuga da jovem, a polícia conseguiu efetuar a prisão dos três envolvidos. A mãe da adolescente vivia em uma relação de trisal com o marido e outra mulher, e todos foram detidos após a denúncia feita pela vítima.

Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil, o flagrante foi feito pela Delegacia Estadual da Mulher (DEAM), mas a investigação será conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). A adolescente foi submetida a exames do Instituto Médico Legal e agora está sob os cuidados do pai, sendo acompanhada de perto pelas autoridades.

A jovem relatou em seu depoimento que foi agredida com cabos elétricos, madeiras, tubos de PVC e também sofreu queimaduras provocadas por cigarros. Além dos danos físicos, a vítima também mencionou ter sido vítima de violência psicológica, incluindo a divulgação de falsas informações sobre a morte da avó paterna e a falta de alimentação e higiene adequadas.

Registros encontrados no celular da mãe apresentam marcas das agressões sofridas pela adolescente, incluindo cicatrizes e hematomas pelo corpo. A jovem também foi submetida a castigos como a proibição de tomar banho e a restrição de alimentação, sem conseguir lembrar a última vez em que fez uma refeição completa ou comeu uma fruta nos dois anos de maus-tratos.

O caso gerou comoção na região de Itumbiara, onde a adolescente e sua família residiam, e coloca em evidência a importância de ações de proteção às crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica. A denúncia e o resgate da jovem são passos essenciais para a responsabilização dos envolvidos e a garantia de que a justiça seja feita. A sociedade civil e as autoridades competentes precisam estar atentas e atuantes para que casos como este não se repitam.