Adolescente morre e cantora é baleada na boca momentos antes de se apresentar em Igarassu
Um adolescente de 17 anos morreu e uma cantora de brega foi baleada no rosto durante um tiroteio no Loteamento Agamenon Magalhães, em Igarassu, no Grande Recife. O jovem assassinado foi identificado apenas como Alex, conhecido como “Zé da Gota”. A artista ferida foi Marília Gabrielly de Morais Vieira, que tem 15 anos.
O crime aconteceu no dia 17 de agosto e, nesta terça-feira (9), a vítima sobrevivente falou com DE. Marília Gabrielly contou que se preparava para se apresentar num bar quando homens chegaram atirando. Ela foi atingida na boca. Alex, por sua vez, foi alvejado com mais de 10 tiros e morreu no local.
Com o impacto, Marília Gabrielly perdeu os dois dentes da frente, além de ter passado por cirurgia e sofrido uma infecção no local afetado. Nas redes sociais, ela compartilhou alguns momentos durante o período que esteve no hospital (veja vídeo abaixo).
Ela, que usa o nome artístico Ilia Brielly, costuma cantar em bares e festas. Foi numa dessas apresentações que o crime aconteceu. Ela disse que era por volta da 0h20 do dia 17 de agosto, madrugada entre o sábado e o domingo, ela foi surpreendida pelo impacto na boca.
O caso foi registrado pela Polícia Civil como homicídio e tentativa de homicídio, que disse que “um inquérito policial foi instaurado para apurar todos os fatos, identificar a autoria e a motivação do crime”. A corporação não informou se os criminosos foram identificados ou presos.
A mãe dela, Maria José Morais, contou que os criminosos chegaram de carro, e que toda a ação foi muito rápida. “Na hora, eu não vi nada. Só lembro que gritei ‘deita no chão’ e me joguei. Quando me levantei, vi o rosto dela cheio de sangue e começou meu desespero. Eu fiquei em choque. Os caras chegaram atirando, muito rápido, não deu para ver nada. Essa bala passou dele [do rapaz que morreu] para ela”, disse a mãe.
A adolescente deu entrada no Hospital Getúlio Vargas por volta da 1h. No mesmo dia, às 23h, ela passou por cirurgia para retirada da bala. O procedimento durou cerca de quatro horas. No dia seguinte, ela teve alta hospitalar. “É como se fosse um filme, sinto como se isso não tivesse acontecido comigo. Tenho sido alvo de comentários maldosos na escola, por estar sem os dentes, mas isso não me abala. Eu não tenho vergonha. Ainda não voltei a me apresentar, mas, agora, estamos mais receosos sobre para quais lugares iremos, para evitar que algo desse tipo aconteça de novo”, contou Marília.