Adolescente que teve o corpo queimado fala com a mãe pela primeira vez

A adolescente está internada há 19 dias após ter 60% do corpo queimado durante um experimento em escola.

Adolescente que teve o corpo queimado fala com a mãe pela primeira vez

A adolescente de 16 anos que teve parte do seu corpo queimado durante um experimento na escola em que estudava, falou pela primeira vez com sua mãe, Diolange Lopes Carneiro. Annelise Lopes Andrade, aluna do Colégio Heli Alves, em Anápolis, ficou internada durante 19 dias e teve que passar por 5 cirurgias por conta da gravidade das queimaduras em 60% do seu corpo.

Para a mãe, Annelise perguntou pelos irmãos e disse que a amava. Entretanto, mesmo com o estado clínico delicado, a jovem está lúcida, conversando, com os olhos abertos e se alimentando bem. Segundo a mãe, há uma expectativa de que ela seja transferida para a enfermaria nesta semana e disse ainda que a filha vai precisar de acompanhamento com fisioterapeuta e fonoaudiólogo.

Sobre o caso

O acidente aconteceu no último dia 30 de novembro, no Colégio Heli Alves, em Anápolis. Por conta da gravidade das queimaduras, a aluna foi transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Governador Otávio Lage (Hugol), aqui na capital.

A jovem teve o corpo queimado após uma explosão durante uma aula dos alunos do 2º ano. Eles estavam com aulas remotas e pediram para ir à escola para gravar um experimento de física e química.

De acordo com o coordenador do colégio, os estudantes foram autorizados a usar uma sala para gravação, mas não avisaram que usariam álcool. Nenhum professor ou monitor estava acompanhando a situação.

O caso já está com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O inquérito deve ser finalizado e remetido ao Poder Judiciário na próxima terça-feira (21). As imagens da escola também estão em poder da perícia.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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