Sob ameaças de pai e madrasta, adolescentes do PR eram forçadas a produzir até
20 conteúdos sexuais por dia
Madrasta e uma outra mulher foram presas. O pai continua foragido. Adolescentes
de 14 e 16 anos eram obrigadas a enviar até 10 vídeos por dia cada, até às 22h.
Segundo a polícia, suspeitos ameaçavam expor os vídeos e fotos íntimas caso as
vítimas não entregassem as imagens.
1 de 3 Mensagens que suspeitos enviavam às adolescentes. — Foto: Divulgação/RPC
Mensagens que suspeitos enviavam às adolescentes. — Foto: Divulgação/RPC
Conversas reveladas pela polícia mostram como pai e madrasta impunham metas
diárias
[https://de.de.globo.com/pr/parana/noticia/2025/08/22/mensagens-em-codigo-e-cobranca-de-prazos-como-pai-e-madrasta-exigiam-producoes-de-conteudos-sexuais-por-adolescentes-no-pr.ghtml]
de dez vídeos por dia de conteúdo sexual a duas adolescentes, de 14 e 16 anos. O
esquema usava linguagem de “seita” para coagir as vítimas, segundo o delegado de
Polícia Civil (PC-PR), Gabriel Fontana. Veja acima.
As conversas obtidas com exclusividade pela RPC, afiliada da TV Globo no Paraná,
expõem como os suspeitos faziam cobranças constantes
[https://de.de.globo.com/pr/parana/noticia/2025/08/21/investigacao-pai-madrasta-exploracao-sexual-adolescentes-parana.ghtml],
utilizando mensagens com tons de misticismo e ameaças para garantir o envio dos
conteúdos diariamente até as 22h. Em alguns trechos, os suspeitos determinavam
que as meninas tinham apenas uma hora para concluir o “acordo diário”.
A madrasta foi presa na quinta-feira (21), em Curitiba
[https://de.de.globo.com/pr/parana/cidade/curitiba/]. No mesmo dia, uma segunda
mulher também foi detida em Cerro Azul
[https://de.de.globo.com/pr/parana/cidade/cerro-azul/], na região metropolitana da
capital. O pai continua foragido, segundo a polícia. Os nomes dos suspeitos não
foram divulgados para proteger a identidade das vítimas.
A segunda mulher foi presa por ligação com números de telefone usados para
solicitar e divulgar as imagens. As duas mulheres foram levadas à delegacia de
Rio Branco do Sul [https://de.de.globo.com/pr/parana/cidade/rio-branco-do-sul/]
para depoimento.
As jovens vítimas de exploração são irmãs e apenas a mais velha, de 16 anos, é
filha do homem que está foragido. As duas moram com a mãe, segundo a polícia.
Os investigados respondem por coação, divulgação e armazenamento de imagens de
exploração sexual infantojuvenil, associação criminosa e ameaça.
Durante as diligências, os agentes apreenderam celulares e computadores e
encontraram provas de conversas entre o pai e a madrasta, além de registros de
números de telefone com DDD do Amazonas.
A polícia trabalha com a hipótese de que o material produzido era comercializado
em redes criminosas especializadas nesse tipo de conteúdo.
A polícia continua investigando o caso, tenta localizar o pai e verifica se há
mais pessoas envolvidas no crime.