Roleta-russa: adolescentes usam cada vez menos a camisinha

Roleta-russa: adolescentes usam cada vez menos a camisinha

O número de adolescentes que usam camisinha durante a relação sexual no Brasil caiu de 72,5% para 59%, segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa publicada nesta quarta-feira, 13, ouviu menores com idades entre 13 e 17 anos, que segundo os dados estão vulneráveis à Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s).

Ao serem questionados sobre o uso do preservativo na última relação sexual, apenas 53,5% das meninas e 62,8% afirmaram ter se protegido. No entanto, na última pesquisa os índices eram 69,1% e 74,1%, respectivamente.

De acordo com especialistas, os números mostram que os menores estão mais vulneráveis à IST’s. E isso pode estar relacionado a falta de educação sexual e também a baixa expectativas dos adolescentes em relação a transmissão de doenças.

Médica infectologista, Luciana Duarte. (Foto: Arquivo pessoal)

“Muitos adolescentes desacreditam que realmente podem se expor a infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, sífilis, gonorreia, hepatite”, explica a médica infectologista, Luciana Duarte.

Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), atualmente no estado 80 adolescentes, entre 15 e 19 anos são portadores de alguma IST. A maioria são do sexo feminino, pardas e moradoras de Goiânia.

Já entre crianças de 1 a 12 anos foram registradas 18 infecções, sendo 15 em Goiânia, duas em Rio Verde, região Sudoeste de Goiás e uma em Anápolis, a 55 km da capital.

Apesar dos números, de maneira geral, a SES registrou uma redução de quase 15,8% no número de infectados, se comparados 2020 e 2021. Porém, vale ressaltar que a diminuição do uso do preservativo “tem como consequência o aumento no número de casos de infecções sexualmente transmissíveis, incluindo HIV”, reforma a infectologista.

A Monkeypox, doença popularmente conhecida como varíola dos macacos, pode ser transmitida de várias formas e, uma delas é durante a relação sexual. Por isso, neste caso, a camisinha atua como uma barreira contra a doença.

Diagnóstico de IST’s

O Sistema Único de Saúde disponibiliza gratuitamente o teste de HIV, sífilis, gonorreia, das hepatites B e C em todas as unidades básicas de saúde pública, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). O exame deve ser realizado entre 7 e 29 dias após o último ato sexual.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos