Adriana Partimpim levou seu espetáculo “O quarto no palco” ao festival Doce Maravilha, no Jockey Clube Brasileiro, no Rio de Janeiro, em 27 de setembro de 2025. Com um roteiro que intercala músicas de seus quatro álbuns, Partimpim encantou o público com performances vibrantes. O show foi marcado por momentos de interação intensa entre a artista e a plateia, como na execução da canção “Gatinha manhosa”, de Roberto e Erasmo Carlos.
Vestida de astronauta, Partimpim comandou o espetáculo com maestria, apresentando 19 músicas ao longo de uma hora de show. A direção musical e os arranjos, a cargo do experiente trombonista Marlon Sette, deram um toque especial às apresentações. Destaque para músicas como “Alexandre” e “Atlântida”, que ganharam nova vida com os metais e a percussão envolvente de Luizinho do Jêje.
A banda que acompanhou Partimpim no palco foi fundamental para o sucesso do show, com músicos talentosos como Davi Moraes, Thomas Harres e Arimatéa. No entanto, a apresentação deixou evidente que o espetáculo “O quarto no palco” talvez fosse mais adequado para espaços menores, onde a atmosfera lúdica e as projeções visuais pudessem ser mais apreciadas.
O roteiro do show teve altos e baixos, com momentos de menor empolgação por parte do público. Canções como “Boitatá” e “Ser de Sagitário” não conseguiram cativar totalmente a plateia, que se mostrou mais receptiva a melodias como “Lindo lago do amor”. No entanto, a segunda metade do show trouxe músicas mais envolventes, como “Oito anos” e a versão em português de “I want to hold your hand” dos Beatles, intitulada “O bode e a cabra”.
Os adereços do figurino de Partimpim foram um espetáculo à parte, com destaque para o chapéu de borboletas usado na interpretação de “As borboletas”. Ao final do show, a plateia se animou e entoou a clássica canção “Aquele abraço” de Gilberto Gil. O bis com “Bim bom” reforçou a impressão de que o espetáculo teria mais impacto e charme em um palco de teatro, onde a interação com o público poderia ser ainda mais intensa.
Em resumo, o show de Adriana Partimpim no festival Doce Maravilha foi uma experiência memorável, com altos e baixos que mostraram a versatilidade e o talento da artista. Com um repertório diversificado e performances cativantes, Partimpim conquistou o público presente e deixou sua marca no cenário musical brasileiro.