Advogada demitida da defesa de Nego Di após post em redes sociais; influenciador proibido de usar redes sociais

Advogada é demitida da defesa de Nego Di após postar foto com o cliente; influenciador está proibido de usar redes sociais

Tatiana Borsa foi demitida da defesa do influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, após publicar em suas redes sociais uma foto ao lado do cliente comemorando a soltura. Réu por estelionato e lavagem de dinheiro, humorista teve liberdade provisória concedida e deixou a Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan) na quarta-feira (27).

De acordo com a decisão do ministro Reynaldo Soares da Fonseca, entre as medidas cautelares impostas está a “proibição de frequentar/usar redes sociais”.

Em uma foto publicada por Tatiana, na madrugada de quinta-feira (28), ela e a advogada Camila Kersch – que passa a responder sozinha pela defesa – estão sorrindo e empunham taças de espumante em uma confraternização realizada após a soltura. Nego Di aparece ao fundo, sentado, também sorrindo e fazendo sinal para a câmera. “Como esperamos para postar este retrato”, dizia a legenda do post.

Conforme a atual defesa de Nego Di, a destituição da advogada “foi uma decisão do cliente, externando seu descontentamento pela postagem sem autorização e pela conduta desta pós repercussão negativa do fato”.

O Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul apura se o influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, a medida cautelar estabelecida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao aparecer nas publicações nas redes sociais. Caso seja interpretado que a exigência não foi respeitada, o influenciador pode voltar para a prisão, segundo o especialista em Ciências Criminais e professor da PUCRS Marcos Eberhardt.

Nego Di estava preso preventivamente desde julho. O influenciador e o sócio, Anderson Boneti, são acusados de envolvimento em um suposto esquema de venda de produtos que não teriam sido entregues por uma loja virtual da qual seriam sócios.

A defesa de Nego Di passa a ser exclusivamente conduzida por Camila Kersch, após a comunicação direta do cliente à ex-advogada Tatiana Borsa. A revogação da procuração foi motivada pelo descontentamento do cliente pela postagem sem autorização nas redes sociais.

A soltura do humorista ocorreu após o STJ conceder liberdade provisória, até o julgamento do mérito do habeas corpus solicitado pela defesa de Nego Di. O influenciador, ao sair da penitenciária, virou sua camiseta do avesso e a pendurou na janela do veículo com os dizeres: “Deus é o maior”.

Nego Di é réu por crimes de estelionato qualificado pela fraude eletrônica. A apuração da Polícia Civil indica que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas a Dilson na época, passava de R$ 5 milhões. O influenciador já havia sido sancionado pela divulgação de fake news em redes sociais.

Nego Di, quando participante do Big Brother Brasil em 2021, entrou como integrante do grupo Camarote. Após confinamento, ele começou a promover rifas em redes sociais, prática investigada pelo Ministério Público e que motivou uma operação contra ele e sua companheira. A Justiça já determinou sanções por divulgação de informações falsas em redes sociais, com multa estabelecida em caso de reincidência.

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Filho preso por matar mãe e padrasto por herança de empresa em Itajaí, diz polícia

Filho preso suspeito de matar mãe e padrasto pretendia administrar empresa que herdaria do casal, diz polícia

Investigação aponta que herança foi motivação para assassinato de Susimara Gonçalves de Souza, 42 anos, e Pedro Ramiro de Souza, 47 anos, em Itajaí. Filho de Susimara foi preso e polícia busca identificar comparsa.

Ramiro e Susy, encontrados mortos em Itajaí, no Litoral Norte de SC — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O homem de 24 anos preso suspeito de envolvimento no assassinato da mãe e do padrasto dele em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina, pretendia administrar a empresa que herdaria do casal. De acordo com a investigação, o interesse dele em ter acesso à herança foi a motivação do crime.

Susimara Gonçalves de Souza, 42 anos, e Pedro Ramiro de Souza, 47 anos, foram assassinados em casa, na madrugada de 23 de novembro. O casal estava junto há 11 anos e tinha uma loja de forro e decorações. Câmeras da casa vizinha registraram a entrada do casal na residência, seguida de um grito surpreso da mulher.

O filho de Susimara, Walter Gonçalves, foi preso no domingo (1º). DE não conseguiu contato com a defesa dele.

O delegado Roney Péricles, responsável pelo inquérito, disse que “até aqui, a investigação demonstra que a motivação estaria diretamente relacionada aos bens do casal, sobretudo à questão da empresa, em relação à empresa que o casal tinha e que havia um interesse do investigado de administrar essa empresa”, resumiu. DE destacou também que o filho chamava Pedro de pai, apesar de ser enteado.

Segundo o delegado, DE e um comparsa chegaram à casa das vítimas mais de duas horas antes do casal voltar para a residência. Um dos homens estava de capacete e capa de chuva, enquanto o outro, de boné. Eles entraram na casa usando um controle remoto para abrir um portão da residência. Os dois ficaram dentro do imóvel esperando as vítimas, que haviam saído para jantar, ido a um karaokê e comprado comida para consumir em casa.

No dia seguinte, Walter acionou os bombeiros dizendo ter encontrado os corpos do casal. Alegou que, como não teve resposta da mãe, foi até a residência para saber o que havia acontecido.

Além da prisão do suspeito, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em dois endereços ligados a ele, com recolhimento de aparelhos telefônicos, computadores e vestimentas. A investigação continua para identificar o comparsa e possíveis outros envolvidos.

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