Cristina Leonardo, advogada e ativista das chacinas de Acari, Candelária e Vigário Geral, falece no Rio
Cristina desempenhou um papel crucial na busca por justiça pelas chacinas ocorridas em Acari, Candelária e Vigário Geral, além de oferecer apoio aos sobreviventes e familiares das vítimas.
Cristina Leonardo, que era defensora dos direitos humanos e presidente de uma ONG, nos deixa aos 68 anos de idade. Ela era a coordenadora do Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes e lutou incansavelmente pelos direitos dos sobreviventes de diversas chacinas no Rio de Janeiro, incluindo as de Acari em 1990, Candelária em julho de 1993 e Vigário Geral em agosto do mesmo ano.
Amigos próximos à Cristina compartilharam que ela estava internada no hospital Miguel Couto para uma cirurgia no joelho, após sofrer uma queda. No entanto, na segunda-feira (20), ela sofreu três paradas cardíacas e não resistiu.
Iracilda Toledo, uma das vítimas da chacina de Vigário Geral, que se tornou presidente da associação das famílias das vítimas, prestou homenagem a Cristina, destacando a profunda amizade e parceria que desenvolveram na defesa dos direitos humanos.
O coronel reformado da Polícia Militar, Valmir Alves Brum, que investigou internamente as chacinas de Acari, Candelária e Vigário Geral, ressaltou a importância de Cristina na resolução desses casos, elogiando seu trabalho incansável em busca de justiça.
O velório de Cristina Leonardo está marcado para quarta-feira (22) no Cemitério do Caju, com cremação em seguida. Sua ausência deixa um vazio na luta pelos direitos humanos e na busca por justiça para as vítimas de violência no Rio de Janeiro.




