Advogada ganha indenização de R$ 115 mil após aquaplanar na BR-414

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Advogada deve receber indenização de R$ 115 mil após carro aquaplanar e sofrer acidente na BR-414

Laudo pericial confirmou que trecho não tinha sistemas de drenagem adequados para escoamento das águas da chuva na pista. Acidente aconteceu em fevereiro de 2024.

Advogada deve receber indenização de R$ 114 mil após carro aquaplanar em acidente

A advogada Sarah Azevedo deve receber uma indenização de R$ 115 mil após o carro em que ela estava aquaplanar, sair da pista e bater em árvore. Na sentença, a perícia confirmou que o trecho não tinha sistemas de drenagem adequados para escoamento das águas da chuva.

O DE entrou em contato com a empresa que administra o trecho da rodovia, a Ecovias. A Ecovias Araguaia disse que não comenta processos judiciais em andamento (leia a nota na íntegra abaixo).

O acidente aconteceu em fevereiro de 2024, na BR-414, km 402, no trecho entre Anápolis e Corumbá de Goiás. A decisão foi proferida pelo juiz de direito Georges Leonardis Gonçalves dos Santos, em Corumbá de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.

No relatório da sentença, o motivo descrito para ajuizar a ação foi a perda do controle do veículo, ocasionando a aquaplanagem devido ao acúmulo de água na superfície.

Em entrevista à TV Anhanguera, Sarah disse que estava abaixo da velocidade permitida, pois tinha acabado de sair do pedágio. “Estava chovendo, próximo à curva tinha uma lâmina de água. Segurei o volante, ali acionou o airbag e eu não vi nada,” contou Sarah.

Ao DE, Sarah contou que sente alívio com a decisão da Justiça e é uma sensação de dever cumprido em dose dupla.

Passar por tudo isso como parte e, ao mesmo tempo, como advogada, teve um peso diferente… mas ver o resultado positivo me mostra que todo o esforço realmente valeu a pena, disse Sarah.

CONTESTAÇÃO

De acordo com o relatório da sentença, a Ecovias contestou a ação informando que a equipe da empresa chegou minutos após o acidente e constatou que a pista estava em boas condições.

“Argumenta que, em se tratando de dia chuvoso, competia à autora redobrar a atenção ao trafegar nessas condições. Aponta que, ainda que tenha ocorrido a alegada aquaplanagem, a sua causa principal é o desgaste dos pneus e a velocidade do veículo,” trecho da sentença.

Na sentença, a perícia constatou que no trecho avaliado foi encontrado um sistema de drenagem superficial que pode ocasionar acúmulo de água na pista e aquaplanagem.

“Além disso, o expert pontuou sobre a ausência de placas sinalizando o risco de aquaplanagem no local do acidente, e afirmou que as hipóteses de velocidade excessiva e falta de atenção, suscitadas pela ré, podem ser descartadas,” trecho da sentença.

Ao DE, a advogada confirmou que essa decisão foi de primeira instância, portanto, ainda cabe recurso, o próximo seria a apelação.

Nota

A Ecovias Araguaia não comenta processos judiciais em andamento. A concessionária reforça, contudo, seu compromisso em aliar o desenvolvimento da infraestrutura rodoviária à promoção da segurança viária, atuando de forma permanente em ações de manutenção, conservação e melhorias em toda a malha sob sua administração.

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