Última atualização 16/01/2023 | 16:24
Um vídeo com conselhos de uma suposta advogada está circulando na internet. Ela está orientando os golpistas envolvidos nos atos antidemocráticos a apagarem vídeos e fotos da invasão às sedes dos Três Poderes para não serem identificados. Segundo ela, o recurso seria uma estratégia para atrapalhar o trabalho de investigação.
“Quem estava nas manifestações no domingo, por favor paguem todas as fotos de vocês. Apaguem todas as fotos das redes sociais de vocês porque quem estava na manifestação, a polícia está indo na casa com a foto e a pessoa está indo presa”, sugere a mulher aos golpistas na gravação.
O especialista em segurança da informação, Daniel Oliveira, explica que a possibilidade de a estratégia ser eficaz é pequena. “Não é possível ter certeza que 100% do que foi postado foi apagado. Na internet é usual existirem várias cópias de um mesmo arquivo. Isso é justamente um artifício de segurança. Outro motivo são os diversos sistemas de segurança que fazem gravações e os próprios prédios que foram alvo de ataques tem seus próprios sistemas de vídeo monitoramento”, detalha.
Procurada pela reportagem do Diário do Estado (DE), para falar sobre a identificação dos golpistas envolvidos nos atos antidemocráticos, a assessoria de imprensa da Polícia Federal (PF) informou que “não se manifesta acerca de pronunciamentos de terceiros.”
A legislação brasileira prevê dois tipos de prisão: a pena e a processual ou cautelar. Neste último caso, há os subtipos flagrante, temporária e preventiva. As pessoas que já tiveram ordem de prisão decretada por ligação com o movimento golpista perderam a liberdade preventivamente porque o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, justificou que há crime e indício suficiente da autoria. Até o momento, o Ministério Público Federal (MPF) já analisou mais de 138 pedidos de prisão preventiva de bolsonaristas.
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