Advogada trans é a primeira a ter registros modificados pela OAB-GO

Na próxima segunda-feira a advogada Amanda Souto Baliza, de 29 anos, membro da Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero (CDSG) poderá exercer advocacia com sua nova carteira da OAB.

A advogada, é a primeira mulher trans a retificar seu registro profissional na Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO). Para a advogada esse é um processo burocrático é uma conquista.

“Eu vejo a retificação do registro civil como uma conquista muito grande para a população trans, porque é extremamente constrangedor ter que apresentar um documento que não corresponde com a imagem que está sendo passada pela pessoa”, explica.

O uso de nomes sociais de advogados e advogadas travestis e transexuais em seus registros e carteiras de identidade profissional foi regulamentado pelo Conselho Federal da OAB em 2016.

Para a presidente da comissão Taísa Steter, essa decisão da OAB faz diferença para fora do ambiente da advocacia, mas traz impactos sociais que a administração da justiça exige.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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