Advogado brasileiro de Goiânia encara ultramaratona nos EUA: uma das mais difíceis do mundo com 217 km

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Advogado brasileiro participa de ultramaratona nos Estados Unidos, considerada uma das mais difíceis do mundo

Morador de Goiânia, Laércio Martins, de 37 anos, passou em rigoroso processo de seleção para participar da prova. Ultramaratona tem percurso de 217 quilômetros, o qual deve ser cumprido sem paradas em até 48 horas.

Morador de Goiânia participa de ultramaratona considerada a mais difícil do mundo, nos Estados Unidos

Um morador de Goiânia contou que será o primeiro atleta de Goiás a participar da Ultramaratona Badwater 135, conhecida como uma das corridas mais difíceis do mundo, em razão das condições de terreno e clima, no Vale da Morte, no Deserto de Mojave, na Califórnia, nos Estados Unidos. Montanhas íngremes, florestas de pedregulhos, terra queimada pelo sol e uma faixa clara de asfalto cortando a paisagem formam o cenário que Laércio Martins, 37 anos, advogado e professor universitário, irá percorrer na prova de 217 quilômetros.

“Estou muito alegre e honrado de representar nosso país nesta prova de corrida extrema, em especial, o estado de Goiás”, destacou.

O percurso da corrida deve ser cumprido em até 48 horas, sem paradas. O desafio irá começar nesta segunda-feira (7), às 21h, nos Estados Unidos, mas no Brasil já será terça (8), à 1 hora. A previsão é que o clima seja de calor intenso na maior parte do percurso, com temperaturas variando entre 26ºC e 41ºC.

Segundo Laércio, a corrida é feita sem dormir, por isso é preciso garantir uma boa alimentação, “composta de proteína e gordura animal, juntamente, com a hidratação que ocorrerá em movimento”.

Além dos treinos de corrida, o advogado pratica yoga e exercícios de bioenergética. Ele tem na esposa sua principal incentivadora. Apaixonado por movimento, é por meio dele que Laércio pratica meditação e se sente bem para viver os outros aspectos da vida, como carreira e família.

“Eu sou apaixonado por correr longas distâncias, para mim é um momento de alegria e prazer”, disse.

Atleta alcançou a 4ª colocação na Brazil 135 Ultramarathon em 2025 — Foto: Arquivo Pessoal/Laércio Martins

ULTRAMARATONA BADWATER 135

A ultramaratona não é aberta ao público, pois é preciso ser convidado para participar, já que a corrida apresenta desafios que vão além da longa distância, como uma logística eficaz e superação física em terrenos inóspitos. Laércio passou por um processo seletivo rigoroso, com critérios de qualificação baseados em experiências anteriores em ultramaratonas e na capacidade de lidar com as condições extremas da prova.

Em climas desérticos, os corredores encaram desafios significativos de calor extremo e baixa umidade, que afetam o desempenho e a saúde dos atletas. Laércio prevê dois trechos trecho desafiadores: Furnace Creek e Father Crowley.

No primeiro, a área registra altas temperaturas e detém o recorde de temperatura do ar mais alta registrada na Terra, 56,7°C em 10 de julho de 1913. É nesse trecho que ele acredita que será preciso ter uma boa ingestão de líquidos para evitar a desidratação e a fadiga.

Já no segundo, é a subida do monte Whitney, localizado a uma altitude de 4.421 metros, onde pode ocorrer uma redução no desempenho físico por causa do ar rarefeito, o que significa que há menos oxigênio disponível para a absorção corporal. A prova pode ser acompanhada ao vivo pela internet.

HISTÓRICO

O atleta já participou de diversas ultramaratonas, dentre elas a Ultramaratona Internacional dos Anjos (UAI), com percurso de 235 quilômetros. Em janeiro deste ano, ele participou da Brazil 135 Ultramarathon, considerada uma das ultramaratonas mais difíceis do mundo e a mais extrema da América do Sul, que ocorreu no Caminho da Fé pelos estados de São Paulo e Minas Gerais. Laércio ficou em 4º lugar ao percorrer 217 km em 39 horas e 54 minutos.

“Eu costumo perder entre 2 e 3 quilos de peso corporal, bastante líquido e gordura, que é minha principal fonte de energia, já que eu faço dieta carnívora. Quanto ao tempo de recuperação, eu demoro dois dias para normalizar meu sono”, explicou.

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