Advogado critica juíza por recusar adiamento de audiência após morte de estagiária; vídeo revoltante

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Escritório de advocacia solicita adiamento de audiências após o falecimento de estagiária em acidente, mas juíza recusa; VÍDEO

A tragédia que marcou o falecimento da jovem estagiária de 20 anos ocorrida em um domingo antecedeu a realização de uma audiência de processo trabalhista na segunda-feira seguinte. Neste contexto, o advogado envolvido solicitou o adiamento da audiência, como consequência da perda da estagiária. A juíza responsável, Paula Araújo Oliveira Levy, da Vara do Trabalho de Indaiatuba (SP), recusou o pedido, alegando a ausência de fundamentos legais que justificassem a mudança na data.

O advogado Leonardo Henrique Alves da Silva, impactado emocionalmente pela tragédia, gravou e compartilhou um vídeo nas redes sociais no qual protestou contra a decisão da juíza durante a audiência. Em seu argumento, o advogado afirmou que protocolou o requerimento de adiamento em decorrência do abalo emocional decorrente do falecimento da estagiária. Contudo, a magistrada indeferiu o pedido, justificando a falta de base legal para a redesignação da audiência.

A audiência foi realizada no dia seguinte ao funeral da jovem estagiária, e o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15) afirmou que a juíza não agiu com insensibilidade, buscando verificar a concordância das partes envolvidas. No entanto, o vídeo gravado durante a audiência revelou que o advogado da parte contrária se mostrou solidário e não se opôs ao adiamento, em contraste com a decisão da juíza.

Leonardo destacou que tanto seu cliente, o empregado que iniciou o processo trabalhista, quanto o advogado representante da empresa acusada concordaram com o adiamento da audiência. Apesar de não haver previsão legal para tal situação, o advogado defendeu que o pedido de adiamento era razoável e deveria ter sido acolhido pela juíza. Além disso, denunciou que o escritório solicitou o adiamento de cerca de 15 audiências, sendo apenas duas delas rejeitadas pelos juízes.

A situação foi tensionada pelo falecimento trágico de Kyra Luzyara de Andrade Barbosa, que atuava como estagiária no escritório desde janeiro e, infelizmente, veio a óbito em decorrência de um acidente em Suzano. O processo trabalhista em questão envolve uma denúncia de insalubridade, rescisão indireta e acúmulo de função contra uma oficina mecânica de Indaiatuba, ampliando ainda mais a complexidade da situação.

A postura adotada pela juíza Paula Araújo Oliveira Levy gerou polêmica e críticas por parte do advogado Leonardo Henrique Alves da Silva e da comunidade jurídica. A falta de sensibilidade e humanidade na decisão enfrenta questionamentos, especialmente diante da comoção e abalo emocional decorrentes do falecimento da estagiária envolvida no processo em questão. O caso permanece em destaque, suscitando debates sobre a necessidade de considerar não apenas as questões legais, mas também os aspectos humanos e emocionais envolvidos.

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