Advogado da JBS é ouvido sigilosamente por CPMI

O depoimento do advogado Willer Tomaz de Souza na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades na empresa JBS foi feito nesta quarta-feira (4) a portas fechadas. O advogado convenceu o presidente da CPMI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), com o argumento de que o inquérito a que responde está em segredo de Justiça e, além disso, alegou que deve guardar sigilo profissional sobre seus processos. Só deputados e senadores acompanharam a reunião.

O relator da comissão, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), deixou a oitiva satisfeito com informações prestadas por Willer Tomaz. O advogado foi denunciado pelo empresário Joesley Batista (sócio do grupo J&F, que inclui a JBS), que o acusou de ter agido para cooptar o procurador do Ministério Público Federal Angelo Goulart Villela para atuar como infiltrado na força-tarefa da Operação Greenfield.

“Pela consistência das informações que estão sendo prestadas, saio muito convencido da honestidade das informações apresentadas pelo doutor Willer”, afirmou Marun, ressaltando que é urgente o depoimento do ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, que será convidado a comparecer à CPMI.

Segundo Marun, Willer disse que Angelo Goulart teve interesse em ser protagonista de um processo de delação dos irmãos Batista, mas as conversas nunca evoluíram. O relator acrescentou que o advogado da JBS apontou um complô que envolveu uma série pessoas em empresas e membros de instituições que visavam derrubar o presidente da República Michel Temer.

A oitiva de Angelo Goulart Vieira também estava prevista para hoje (4), mas ele enviou um pedido de adiamento à CPI Mista no dia 2 de outubro, alegando que o pai dele está com problemas de saúde. Willer Tomaz foi preso em maio, mas já responde às acusações em liberdade.

A CPMI da JBS foi criada para investigar irregularidades envolvendo as empresas JBS e J&F em operações realizadas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o BNDES-PAR ocorridas entre 2007 a 2016. Os parlamentares também querem investigar os procedimentos do acordo de colaboração premiada entre o Ministério Público Federal e os acionistas das companhias.

Fonte: Agência Brasil

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Hackers atacam site do governo argentino e divulgam ofensas a Javier Milei

O site oficial do governo da Argentina foi alvo de um ataque cibernético na noite desta quarta-feira, 25. Durante a invasão, os hackers publicaram ofensas direcionadas ao presidente Javier Milei, além de conteúdos antissemitas.

De acordo com o jornal La Nación, o portal “Mi Argentina” ficou fora do ar por mais de uma hora, impossibilitando o acesso aos serviços disponíveis. A Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do país informou que o ataque ocorreu por volta das 21h30.

Entre as ações dos invasores, foram divulgadas músicas com insultos ao presidente, alterações em cabeçalhos e rodapés do site e uma série de stories na conta oficial do governo argentino no Instagram.

Em nota publicada na rede social X, a Secretaria de Inovação afirmou que o episódio reflete a precariedade dos sistemas herdados de administrações anteriores. O órgão também criticou a oposição por não apoiar investimentos em cibersegurança, previstos no decreto de necessidades e urgência proposto por Milei.

A Secretaria declarou ainda que o problema foi resolvido e os sistemas foram restabelecidos.

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