Por se tratar de uma pessoa notável, as vítimas sentem vergonha e medo por terem sofrido violência sexual de um professor de Direito, no Rio Grande do Sul. Conrado Paulino da Rosa é o nome do advogado suspeito dos crimes, que teria cometido atos abusivos contra pelo menos seis mulheres. A Polícia Civil está investigando os casos, que teriam ocorrido entre os anos de 2013 e 2025, segundo relatos obtidos durante a investigação policial.
De acordo com a delegada Fernanda Campos Hablich, as vítimas relataram casos de estupro, agressões durante relações sexuais e violência psicológica. A investigação busca apurar se a posição de poder do professor teria gerado medo e vergonha nas mulheres. A delegada destaca que a palavra das vítimas é de grande importância, corroborada por outros elementos colhidos ao longo da investigação.
As vítimas registraram ocorrência e prestaram depoimento à polícia, sendo que quatro delas concederam entrevista à imprensa. A polícia não informa detalhes da investigação devido à natureza dos crimes, mas garante que os relatos são semelhantes entre si e que as possíveis vítimas serão submetidas a perícia psicológica.
O advogado de Conrado Paulino da Rosa afirmou que a defesa teve acesso ao inquérito e acredita na inexistência de fatos penalmente relevantes. O professor foi demitido da Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP) de Porto Alegre após o início da investigação policial, sem que a instituição tenha divulgado o motivo da demissão.
As mulheres que denunciaram os abusos encorajam outras vítimas a buscarem ajuda e denunciarem casos de violência. Através de nota, a FMP reitera seu compromisso com a ética, a transparência e a promoção de um ambiente acadêmico seguro e respeitoso, repudiando qualquer forma de violência, especialmente contra as mulheres. A instituição destaca sua posição contrária a abusos e reitera seu apoio a iniciativas que promovam a equidade de gênero e os direitos humanos.