Advogado de GO é detido ao tentar subornar diretor de presídio em Uberlândia para transferência de preso: ‘Dar uma força’
Suspeita de crime de corrupção ativa ocorreu no Presídio Professor Jacy de Assis. Outro advogado goiano, que acompanhava o colega, também foi levado para a delegacia. Eles pagaram fiança e vão responder ao processo em liberdade.
Dois advogados foram detidos na tarde de quarta-feira (2) por tentativa de suborno ao subdiretor de Segurança do Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, segundo as informações da Polícia Penal.
Um dos suspeitos teria sugerido ao representante do presídio “dar uma força” para que o cliente, preso na unidade, fosse transferido para a Penitenciária Professor Pimenta da Veiga, também em Uberlândia. Segundo relato da polícia, durante o diálogo, o advogado ainda disse que poderia “pagar uma taxa, pois possuía alto poder aquisitivo”.
Em contrapartida, o subdiretor informou ao profissional que, no sistema prisional, não existem taxas para nenhum tipo de serviço. O homem de 63 anos e o colega que o acompanhava, de 27, foram presos em flagrante por crime de corrupção ativa (crime praticado por uma pessoa contra a Administração Pública).
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que o caso está sendo acompanhado “atentamente pelas prerrogativas da Subseção de Uberlândia”. Leia a nota na íntegra mais abaixo.
Conforme apurado pelo Diário do Estado, junto ao Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), o detento cliente dos advogados, cumpre pena de mais de 40 anos de prisão por tráfico de drogas e homicídio.
Os advogados de Itumbiara (GO) chegaram à unidade para pedir a transferência do cliente para a penitenciária. Ao serem informados sobre o procedimento correto para fazer a solicitação, um deles insinuou o pagamento de propina para evitar a burocracia nos trâmites administrativos.
Apesar de o outro advogado ter permanecido em silêncio durante todo o fato, ele também foi conduzido como suspeito por também ser advogado do preso.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Uberlândia foi informada do ocorrido e enviou representantes para acompanhar os advogados até a Delegacia de Polícia Civil.
Ao Diário do Estado, a Polícia Civil informou que os dois advogados foram autuados em flagrante, mas pagaram fiança e vão responder ao processo em liberdade.