Um advogado de Maringá, no norte do Paraná, foi preso durante uma operação por suspeita de liderar um esquema de sonegação fiscal que resultou em um prejuízo de mais de R$ 100 milhões aos cofres públicos da Paraíba. Além dele, outras duas pessoas também foram detidas no âmbito da Operação Baronato, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (GAESF), com mandados cumpridos em estados como Paraíba, Bahia e São Paulo.
A ação policial resultou em um total de três prisões em Maringá relacionadas à investigação de sonegação no valor de R$ 110 milhões. A operação também contou com a apreensão de três carros de luxo, três caminhões, joias e dinheiro em espécie de diferentes moedas estrangeiras, além do bloqueio de 120 contas bancárias e o sequestro de bens pertencentes aos envolvidos.
Segundo informações do Ministério Público da Paraíba, mais de 100 empresas laranjas em mais de 20 estados foram identificadas ao longo dos dois anos de investigação que envolveu cerca de 150 agentes. Durante a ação realizada nesta terça-feira, a Polícia Civil do Paraná colaborou no cumprimento de mandados de busca e apreensão na residência e no escritório do advogado suspeito.
O esquema fraudulento comandado pelo advogado investigado consistia em utilizar empresas de fachada em diversos estados para simular transferências de mercadorias e comercializar produtos na Paraíba sem o devido pagamento de impostos. O grupo simulava operações interestaduais de forma a evitar o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e obter vantagens competitivas de forma ilícita.
De acordo com a Secretaria de Estado da Fazenda, o esquema também englobava a apresentação de transferências de créditos inexistentes para fraudar o pagamento de ICMS, prejudicando o Estado e beneficiando os membros da organização, que dividiam os lucros obtidos. A investigação revelou a complexidade e abrangência do esquema criminoso que afetou as finanças públicas.
Com a prisão do advogado e de outros envolvidos, a operação realizada pelo GAESF reforça o compromisso das autoridades na luta contra a sonegação fiscal e demais crimes financeiros. O desmantelamento do esquema destaca a importância do trabalho conjunto entre as esferas governamentais e demonstra a necessidade de medidas rigorosas para coibir práticas ilegais que prejudicam a sociedade como um todo.