O advogado João Henrique de Freitas, integrante da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que Bolsonaro precisa passar por uma cirurgia para tratar suas duas hérnias inguinais. Segundo ele, a equipe médica recomendou a intervenção como o único tratamento definitivo para resolver o quadro médico do ex-presidente. O diagnóstico das hérnias veio de uma ecografia realizada por médicos com um equipamento portátil de ultrassom na sede da Polícia Federal, onde Bolsonaro está detido. A mensagem da defesa foi compartilhada por Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, que ressaltou a necessidade da cirurgia devido aos exames médicos anteriores já terem confirmado o diagnóstico. No entanto, o pedido da defesa foi negado por Alexandre de Moraes, magistrado do Supremo Tribunal Federal, que solicitou novos exames para embasar a autorização da cirurgia. A defesa alegou que Bolsonaro tem recebido atendimento médico constante desde sua detenção na Polícia Federal, sem que houvesse emergências. Mesmo assim, Moraes determinou um novo exame médico para avaliar a urgência da operação.

Bolsonaro, de 70 anos, além das hérnias, enfrenta crises de soluços, um câncer de pele incipiente e as repercussões de cirurgias anteriores na região abdominal, resultantes do atentado que sofreu em 2018 durante a campanha eleitoral. O ex-presidente foi condenado a 27 anos de prisão e está detido na Polícia Federal desde novembro, após tentar remover a pulseira eletrônica imposta pelo Supremo Tribunal. Tanto a defesa quanto a família têm pleiteado prisão domiciliar humanitária devido aos problemas de saúde de Bolsonaro. A situação envolvendo a necessidade da cirurgia das hérnias inguinais é apenas um dos desafios de saúde enfrentados pelo ex-presidente, que segue sob custódia, enquanto a justiça avalia a melhor forma de lidar com seus problemas médicos.