Uma audiência de instrução e julgamento que estava marcada para esta quinta-feira, 23, teve um pedido de adiamento feito por um motivo um tanto quanto inusitado. O advogado solicitou o adiamento no 2º Juizado Especial Criminal da Comarca de Goiânia, afirmando que não poderia comparecer à audiência por ter agendado um encontro com uma profissional do sexo que chegou na cidade na quinta e iria embora nesta sexta-feira, 24.
O profissional que está advogando em causa na ação começa o pedido afirmando ser um sobrevivente da pandemia da Covid-19 que lida com os efeitos físicos e psicológicos decorrentes disso. Com isso, ele afirma que o prazer da prática sexual é uma recomendação da comunidade médica. “A classe médica do mundo inteiro e cientistas de outras áreas do conhecimento humano recomendam a prática do prazer sexual com fator preponderante que contribui para com a saúde física e mental do ser humano”, argumenta.
Ao se referir à profissional como “a maior autoridade em termos de sexo satisfatório do mundo”, o advogado afirma que a moça estava em Goiânia para contribuir no caso de saúde, mesmo com sua “disputadíssima agenda”. “Torna-se inviável o adiamento desse “tratamento terapêutico”, razão pela qual torna-se indispensável o adiamento da audiência de instrução e julgamento designada para a data deste dia de hoje”, declara.
Apesar do contorcionismo argumentativo do advogado, o pedido não foi aceito pelo Juizado. “Tendo em vista que a justificativa apresentada não é razoável, foi protocolada uma hora antes do início da audiência, além da causa da ausência não ser imprescindível como alegado”, afirma em ata da audiência.
O Juizado determinou também que uma cópia da petição feita pelo advogado fosse encaminhada para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que fosse apurada eventual violação da ética disciplinar.