A equipe de advogados do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou ao ministro Alexandre DE Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a abertura de uma investigação para identificar e punir quem vazou o conteúdo da delação à imprensa. O tenente-coronel Mauro Cid teve seu acordo de colaboração premiada vazado para a imprensa, comprometendo o sigilo do processo. As informações divulgadas nos veículos de comunicação apresentam detalhes do primeiro depoimento de Cid à Polícia Federal.
Durante o depoimento, o ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência abordou temas delicados, sendo um deles a suposta tentativa de golpe militar por parte de Jair Bolsonaro após a derrota nas eleições de 2022. Essas revelações foram feitas a três delegados e dois agentes da PF que atuam no inquérito das milícias digitais, de acordo com informações do colunista Elio Gaspari. Esses relatos fazem parte dos elementos do relatório final apresentado pela PF no final de 2024, que resultou no indiciamento de Bolsonaro e outras 36 pessoas associadas à trama golpista.
Após esse depoimento, Mauro Cid prestou diversos esclarecimentos à Polícia Federal, destacando as diferentes alas de aliados de Bolsonaro, classificadas como conservadores, moderados e radicais. Ele apontou para duas estratégias discutidas pelo grupo para reverter a derrota eleitoral para Lula. Os advogados de Cid ressaltaram que a intenção não é penalizar a imprensa pela divulgação, porém, é fundamental identificar e punir quem quebrou o sigilo e vazou informações do acordo de colaboração premiada.
Diante desse cenário, os advogados solicitaram que o ministro Moraes garanta o sigilo necessário ao caso, abra uma investigação para identificar o responsável pela quebra de sigilo e intimar a Procuradoria Geral da República para adotar as medidas cabíveis. É essencial preservar a credibilidade do instituto da colaboração premiada e garantir que situações como essa não comprometam a confiança no sistema. O pedido dos advogados de Mauro Cid destaca a importância de investigar e responsabilizar quem vazou criminosamente informações sigilosas. Para mais informações e atualizações sobre o caso, acompanhe as notícias do DE no Telegram.