Advogados se reúnem com Bolsonaro para discutir estratégias de defesa em inquérito da PF

Igor Gadelha

O ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu com advogados na terça-feira (26/11) para discutir estratégias de defesa após ser indiciado pela PF. Um dia após voltar de uma semana de férias em Brasília, Bolsonaro se encontrou com seus advogados para planejarem a estratégia de defesa no inquérito do golpe.

A reunião aconteceu no mesmo dia em que o ministro do STF Alexandre de Moraes levantou o sigilo do relatório final da Polícia Federal, onde a corporação indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas no inquérito. Segundo o inquérito da PF, Bolsonaro estava ciente de um plano para matar Lula. No entanto, o ex-presidente negou ter conhecimento desse suposto plano.

Além da reunião com Bolsonaro, o advogado Paulo Cunha Bueno, responsável pela defesa do ex-presidente no inquérito do golpe, também se encontrou com a defesa de outros indiciados em Brasília ao longo da terça-feira. Entre eles, estava o ex-desembargador e atual advogado Sebastião Coelho, que defende Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais do governo Bolsonaro e também indiciado no caso.

Bolsonaro alegou não ter havido avanços nos supostos planos e defendeu sua atuação, afirmando que “no meu entender, nada foi iniciado”. Ele também refutou qualquer discussão de golpe, destacando que não se pode punir o crime de opinião ou de pensamento. O ex-presidente desembarcou em Brasília na noite de segunda-feira (25/11) após as férias em Alagoas.

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PT e Centrão dividem relatorias do pacote de corte de gastos na Câmara

PT e Centrão devem dividir relatorias do pacote de corte de gastos

Deputados do PT e do Centrão devem dividir as relatorias da PEC e do
Projeto de Lei Complementar que compõem o pacote de corte de gastos.

A relatoria do pacote de corte de gastos, enviado pelo governo Lula para sinalizar o cumprimento do arcabouço fiscal, deve ser dividido entre deputados do DE na Câmara.

O pacote foi dividido pelo Palácio do Planalto em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um Projeto de Lei Complementar (PLP), ambos protocolados na Câmara nos últimos dias.

Segundo apurou a coluna, a PEC, que trata das novas regras para o abono salarial, deve ter um petista como relator. O mais cotado é o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA).

O parlamentar maranhense é membro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e foi o autor do projeto que tratou da transparência para o pagamento das emendas parlamentares.

Já o Projeto de Lei Complementar, que altera as regras do arcabouço fiscal e foi protocolado pelo líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), deve ser relatado por um deputado do DE.

Segundo lideranças petistas, os mais cotados são deputados já ligados a pautas econômicas. Entre eles, Aguinaldo Ribeiro (PB) e Cláudio Cajado (BA), ambos do Progressistas, partido de Arthur Lira (AL).

Por enquanto, o maior entrave para a tramitação do pacote são os votos. Há partidos insatisfeitos com a decisão do ministro do STF Flávio Dino que liberou o pagamento das emendas, mas com restrições.

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