Aeródromo de Goiás serve como base para ajudar indígenas durante a pandemia

Reaberto no último mês pelo Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), o Aeródromo de Aragarças, divisa com Mato Grosso (MT), foi escolhido pelos Ministérios da Defesa e da Saúde como base apoio para militares e civis participantes da Missão Xavante. O objetivo é levar assistência médica e insumos para a população indígena. 

No próximo domingo, 02, termina a primeira etapa da ação, que atendeu cerca de nove mil índios da etnia Xavante que vivem em Barra do Garças (MT). Estão inclusos nos profissionais que trabalham na missão: médicos clínicos gerais, ginecologistas obstetras, infectologistas, pediatras, enfermeiros e técnicos de enfermagem. 

Foram transportados três toneladas de matérias de saúde como medicamentos, equipamentos de proteção individual (EPIs) e testes para a Covid-19. 

Desde segunda-feira, 27, todos os dias partem do aerômetro dois helicópteros do Exército Brasileiro com as equipes que auxiliam as aldeias indígenas. A missão contará com mais duas fases, previstas para os dias 03 e 09 de agosto, 10 e 16 de agosto.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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