A Aeronáutica investiga o que causou a queda do avião que explodiu nesta sexta-feira (7) na Zona Oeste de São Paulo. E a Polícia Civil apura as eventuais responsabilidades pelo acidente que deixou duas pessoas mortas e outras sete feridas.
A investigação sobre as prováveis causas da queda da aeronave ficará com o Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), com sede na capital paulista. Ele é um órgão ligado ao órgão Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que fica em Brasília. Ambos são da Força Aérea Brasileira (FAB).
“Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação”, informa trecho da nota da Aeronáutica sobre o acidente.
De acordo com o órgão, “a conclusão dessa investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.” O objetivo da investigação será a de “prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram”, segundo a Aeronáutica.
A eventual responsabilização de pessoas pelo acidente que deixou mortos e feridos caberá à Polícia Civil de São Paulo. Procurada pelo DE para comentar o assunto, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que estava checando qual delegacia iria investigar o caso.
Testemunhas que viram a queda do avião nesta sexta-feira (7) na Zona Oeste de São Paulo contaram que a aeronave tentou fazer um pouso de emergência na Avenida Marques de São Vicente, se arrastou pela via, foi arrancando placas e árvores e bateu na traseira de um ônibus até explodir.
Pelo menos três pessoas foram socorridas: uma passageira que estava no coletivo atingido pelo avião e teve ferimentos leves e um motociclista ferido pelos destroços. O motorista do ônibus também foi atendido. Ele estava em estado de choque.
A queda aconteceu na Avenida Marquês de São Vicente, na altura do número 1.874, que está interditada. Com a explosão, uma grande nuvem de fumaça preta pôde ser vista à distância. O Corpo de Bombeiros foi ao local para apagar as chamas que consumiram o avião e o ônibus. De acordo com a SPTrans, o prefixo do ônibus é 732, da viação Santa Brígida.