Aeronave apreendida em operação da PCGO reforça ações dos Bombeiros

Uma aeronave avaliada em aproximadamente R$10 milhões e que estava a serviço de criminosos será um novo reforço do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás no salvamento de vidas. A notícia foi dada nesta segunda-feira,19, no hangar da corporação, no aeroporto de Goiânia, com a presença do governador Ronaldo Caiado. “Goiás está mostrando para o Brasil que é possível fazer segurança pública quando existe a integração de todas as forças de segurança e, ao mesmo tempo, os policiais com total liberdade para fazer o combate ao crime”, celebrou o governador durante entrevista coletiva.

A apreensão da aeronave é fruto da Operação Hananias, deflagrada pela Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Rurais (Dercr), na última quinta-feira,15, que desarticulou uma associação criminosa voltada ao comércio ilegal e falsificação de agrotóxicos, bem como lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada, com a utilização de notas fiscais frias. Após representação da autoridade policial responsável pela investigação, a aeronave foi depositada judicialmente.

A aeronave foi apreendida em um hangar no aeroporto de Jundiaí (SP) e estava registrada em nome de uma pessoa jurídica; possivelmente em nome de terceiros que aparentemente não teriam condições financeiras para manter a aeronave e as propriedades rurais da empresa. “A investigação continua para identificar quem são os verdadeiros proprietários desses bens que, de fato, estão aparentemente em nome de laranjas e que passam a ser investigados a partir de agora”, afirmou o delegado Marcos Gomes, da Dercr.

Integração

A Operação Hananias mobilizou 30 policiais, com apoio operacional da PC-MG, PC-SP, PC-PR, PC-MA e do Corpo de Bombeiros Militares do Estado de Goiás. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão. “Contamos com todo apoio para as nossas equipes lá em São Paulo para fazer a apreensão e cumprir os mandados. Além de outros estados como Mato Grosso do Sul e Tocantins, onde foram cumpridas cautelares”, comentou o delegado-geral, André Ganga.

Os alvos foram empresas e residências dos investigados que integram a organização criminosa em Itumbiara, Franca (SP), Jundiaí (SP), Cascavel (PR), Caeté (MG), Varginha (MG) e Bacabau (MA). Também foi cumprido sequestro de bens e valores em altas cifras.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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