Avião que caiu no AM e deixou 2 mortos tinha documentação irregular e não podia voar, aponta Anac
A aeronave bimotor, modelo Cessna 310Q, tinha capacidade para até seis ocupantes e era de propriedade de uma empresa da Bahia.
A aeronave que caiu em Manicoré no interior do Amazonas, resultando na morte de duas pessoas, estava irregular e não deveria estar operando, conforme consta em um documento do sistema da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os destroços da aeronave foram encontrados cinco dias após o acidente, em uma área de floresta, após esforço conjunto das autoridades e moradores da região.
O desaparecimento da aeronave de matrícula PT-JCZ ocorreu na sexta-feira (20). A Prefeitura de Manicoré informou que os destroços foram encontrados a pouco mais de 2 km da Comunidade Bom Jesus, na estrada Igarapé Grande, em uma área de difícil acesso, após cinco dias de buscas.
No sistema da Anac consta que a aeronave estava com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade vencido, indicando que o avião não poderia estar voando.
Durante o período em que a aeronave estava desaparecida, Nágila, mãe de Rodrigo Boer, gravou um vídeo emocionado fazendo um apelo desesperado por informações sobre o filho. Segundo ela, Rodrigo havia mencionado que o avião apresentava defeitos e precisava de reparos. Na véspera do acidente, Rodrigo demonstrou entusiasmo ao informar que faria o trajeto até Manaus, algo que ele sempre sonhou em realizar.
Os corpos das vítimas do acidente aéreo em Manicoré foram levados em cortejo até o aeroporto do município na tarde desta quinta-feira (26). De lá, foram transportados para Manaus e, posteriormente, enviados às suas cidades de origem.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o avião não tinha plano de voo registrado e não foi detectado pelos radares. O último sinal do GPS Garmin do piloto indicou uma posição ao sudeste de Manicoré. Até o momento, não há informações sobre as causas do acidente ou as circunstâncias envolvendo o piloto e o passageiro.