Afastado da Afip, padre Robson quer sigilo sobre denúncias

O padre Robson Oliveira, investigado pela Operação Vendilhões do Ministério Público de Goiás (MP-GO), teve os pedidos de anulação das provas e de restabelecimento de sigilo sobre o processo negados nesta quinta-feira (24), pela juíza Placidina Pires. Os promotores de Justiça apuram se o sacerdote desviou R$ 120 milhões da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). O padre nega qualquer irregularidade.

O advogado Pedro Paulo de Medeiros informou, por meio de nota, que “protocolizará reclamação no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) com o objetivo de que seja mantido o que os desembargadores já decidiram: o sigilo do processo que sentenciou os hackers extorsionários e seus desdobramentos”. A defesa alega que “o procedimento é um recurso contra o descumprimento por parte da primeira instância do Judiciário goiano”.

A defesa cita o processo da extorsão de dinheiro por parte de hackers porque foi esse processo, instaurado em 2017, que levou os promotores a investigarem as contas da Afipe. À época, o padre repassou R$ 2,9 bilhões para evitar que fossem divulgados supostos relacionamentos amorosos dele.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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