Aferição de temperatura deixa de ser obrigatória em Goiânia

A partir de hoje (26), a aferição de temperatura passa a ser opcional em estabelecimentos públicos e privados em toda Goiânia. De acordo com a Prefeitura de Goiânia a nova medida se dá pela melhora nos índices epidemiológicos na cidade e retorno gradual das atividades econômicas. A aferição de temperatura é uma forma de identificar possíveis contaminados pela Covid-19, pois, acima de 37,8ºC é considerado febre, um sintoma da doença.

Como justificativa para a decisão, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), afirma que o método apresenta uma baixa eficácia “as atividades essenciais e não essenciais (públicas e privadas) poderão facultativamente adotar a aferição da temperatura corporal em seus estabelecimentos, porém a aferição da temperatura não se constitui como recomendação, tampouco obrigatoriedade para triagem”, diz a nota.

O superintendente de Vigilância em Saúde, Yves Mauro Ternes diz que a decisão se baseia também porque nem todos os contaminados apresentam febre “no atual contexto, a aferição tem efetividade científica incerta, já que nem todos os infectados com a Covid-19 vão apresentar febre e, ainda, durante o período de incubação ou quando se está fazendo uso de antitérmicos, eles podem não ser detectados”, conclui.

Apesar da desobrigação da aferição da temperatura, Ternes ressalta que os outros protocolos sanitários  devem ser seguidos:

“pois visam evitar a transmissão do vírus, com orientação clara e constante aos consumidores, clientes, trabalhadores, proprietários e demais pessoas sobre as formas de prevenção, sobretudo a recomendação de que permaneçam em casa se houver qualquer suspeita de síndrome gripal”, diz.

Em Goiânia, vale ressaltar, é obrigatório o uso de máscaras em locais compartilhados desde 2020. Segundo a lei municipal, a multa é de R$ 110 para as pessoas que descumprirem a regra e de R$ 4.705 para os estabelecimentos, onde também é obrigatório o uso do item de segurança.

Testagem

A testagem para identificar o coronavírus ocorre em Goiânia de segunda a sexta-feira em todas as regiões da cidade, a partir das modalidades pedestre, com agendamento, e drive-thru, sem agendamento. Além disso, para as pessoas não assintomáticas, a Prefeitura de Goiânia realiza ações de testagem.

As pessoas com sintomas devem procurar uma unidade de saúde para realização do teste RT-PCR.

Vacinação

Ontem (25) a Prefeitura de Goiânia informou que a vacinação contra a Covid-19 não precisa mais ser agendada. Confira os locais de vacinação aqui. Todos os grupos, incluindo os adolescentes maiores de 12 anos, podem se dirigir a qualquer uma das 61 salas de vacinação de rotina, ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) das 8h da manhã até as 17h, de acordo com o funcionamento da Unidade de Saúde.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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