Agências da Caixa abrem mais cedo hoje para saque do FGTS de contas inativas

Agências da Caixa Econômica Federal abrem duas horas mais cedo hoje (13) para atendimento relativo às contas inativas de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O atendimento, das 9h às 15h, que já estava previsto para alguns sábados, ocorrerá também nesta quinta-feira, em 1.305 agências.

Segundo a Caixa, a abertura de forma antecipada ocorrerá em razão do fluxo de atendimento acima do esperado em algumas regiões do país. A lista com as agências pode ser consultada na internet. Nos locais em que os bancos abrem às 9h, a Caixa atenderá a partir das 8h e o fechamento será às 16h.

Os saques das contas inativas do FGTS foram anunciados no final do ano passado. No total, a liberação abrange 49,6 milhões de contas inativas, com um saldo total de R$ 43,6 bilhões. Os saques vão beneficiar 30,2 milhões de trabalhadores que pediram demissão ou foram demitidos até 31 de dezembro de 2015. De acordo com a Caixa, 90% das contas inativas têm saldo de até R$ 3 mil.

Os trabalhadores podem consultar o saldo a receber na página da Caixa.

Balanço

De acordo com balanço divulgado pela Caixa, cerca de 8 milhões de trabalhadores sacaram mais de R$ 12,3 bilhões em contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O cálculo considera a soma das fases liberadas até o momento.

Com relação ao pagamento da segunda fase, que corresponde aos trabalhadores nascidos em março, abril e maio, a Caixa informa que o valor pago, entre os dias 8 e 10 de abril, alcançou R$ 6,2 bilhões, o equivalente a 55% do total de R$ 11,2 bilhões previstos. Mais de 4,3 milhões sacaram os recursos, o que representa 56% dos 7,7 milhões de pessoas nascidas no período.

Na primeira fase, em que puderam sacar as pessoas nascidas em janeiro e fevereiro, entre os dias 10 de março e 10 de abril, a Caixa registrou o pagamento de mais de R$ 6,1 bilhões relativos às contas inativas do FGTS para 3,7 milhões trabalhadores nascidos no período. O valor equivale a 88% do total inicialmente previsto, de R$ 6,96 bilhões, e aproximadamente 77% dos trabalhadores, que são 4,8 milhões.

Fonte: Agência Brasil

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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