João Pedro Marquini, um agente da elite da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foi brutalmente assassinado na Serra da Grota Funda, entre os bairros Guaratiba e Recreio dos Bandeirantes. O policial de 38 anos foi vítima de cinco tiros de fuzil e faleceu no local. Sua esposa, a juíza Tula Corrêa de Mello, que o seguia em outro veículo, conseguiu escapar. As autoridades suspeitam que o crime tenha sido uma tentativa de roubo de carro perpetrada por membros do Comando Vermelho em meio à disputa territorial com a milícia na região. No entanto, outras hipóteses não estão descartadas.
A morte de João Pedro Marquini mobilizou uma grande quantidade de policiais que compareceram ao Instituto Médico-Legal, no centro do Rio, para procedimentos periciais. A expectativa é de que o enterro do policial ocorra no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na próxima terça-feira. Em comunicado, a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) descreveu Marquini como um profissional “respeitado e admirado por seus colegas”, sendo uma verdadeira referência para os demais agentes. Seu comportamento heroico e irrepreensível foi aclamado, atribuindo-lhe a rápida promoção ao posto de comissário de polícia.
O agente, que deixa três filhos, estava há mais de uma década na Polícia Civil e se casou com Tula Mello em 2024. O casal compartilhava momentos felizes e viagens em suas redes sociais. Tula costumava postar fotos das aventuras do casal em diversos países, enaltecendo a felicidade e a paixão que os uniam. Em uma publicação recente, a juíza descreveu o marido como um rio que passou em sua vida, destacando a força e a determinação que os mantinham unidos diante das adversidades.
No momento do crime, João Pedro e Tula estavam retornando da casa da mãe do policial em Campo Grande. Optaram por evitar uma blitz da Lei Seca no Túnel da Grota Funda, seguindo pela serra. Durante o trajeto, o agente avistou um veículo com homens armados atravessado na pista e acionou um colega da Core. As circunstâncias exatas do ataque ainda estão sob investigação, mas a suspeita é de que Marquini tenha sido alvejado sem chance de reação. A perícia busca por pistas e evidências que possam esclarecer os detalhes do crime.
Após o homicídio, os policiais da Core realizaram uma operação que levou à localização do veículo utilizado pelos criminosos. O carro, cheio de marcas de tiro, foi encontrado próximo à comunidade Cesar Maia, em Vargem Pequena. Essa região é controlada por Rodney Lima de Freitas, conhecido como RD, um membro proeminente do Comando Vermelho associado a ataques a áreas dominadas por facções rivais. A morte de Marquini destaca a violenta rivalidade entre traficantes e milicianos no Rio de Janeiro, refletindo a grave situação da segurança pública no estado.
A Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil é uma unidade de elite composta por agentes especializados em operações de alto risco e em áreas controladas por criminosos altamente armados. Reconhecida pela excelência e pela competência, a Core se destaca pelo uso de tecnologias avançadas e equipamentos de última geração para combater a criminalidade. A morte de João Pedro Marquini representa mais um desafio enfrentado pelas forças de segurança diariamente nas ruas do Rio de Janeiro. A luta contra o crime organizado requer dedicação, coragem e determinação por parte de todos os agentes envolvidos na defesa da sociedade.