Agentes apreendem aparelhos eletrônicos em biscoitos que entrariam em presídio

Agentes penitenciários apreenderam aparelhos ilícitos que entrariam no presído de Goiatuba “disfarçados” de biscoitos de polvilho. Conforme a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária de Goiás (DGAP), eram três minicelulares, cinco chips e dois carregadores escondidos dentro dos alimentos.

O flagrante foi na última quarta-feira, 25. Segundo a DGAP, uma mulher foi visitar um preso e chegou com as petas para entregar para ele. No entanto, ao realizar a vistoria do alimento, os agentes perceberam que, dentro deles, havia sido escondidos os eletrônicos, que não podem entrar no presídio.

A mulher, que não teve a identidade divulgada, junto com os aparelhos foram encaminhados à delegacia da cidade. O delegado Patrick Carniel informou que a investigada assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) se comprometendo a comparecer a uma audiência na Justiça e foi liberada.

Patrick explicou que a suspeita responderá pelo crime de facilitar a entrada na unidade prisional de aparelho telefônico sem autorização. A pena pode ser de um ano de prisão.

Foto: Divulgação/DGAP

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp