Agentes penais de São Paulo revelaram que estão enfrentando problemas com coletes à prova de bala vencidos, com mais de 1.300 profissionais utilizando equipamentos fora da validade. Embora o Governo de São Paulo tenha negado as informações, a abertura de uma licitação para a compra de 9.500 novos coletes foi confirmada, com previsão de entrega até o final de julho.
Os policiais penais denunciaram a situação dos coletes balísticos vencidos, alertando para os riscos envolvidos na utilização de equipamentos de proteção fora da validade. Segundo o Sindicato dos Policiais Penais do Estado (Sindpenal), os coletes expirados continuam em uso nas unidades prisionais da região metropolitana de São Paulo, interior e litoral.
Com mais de 6 mil agentes penais envolvidos, o Sindpenal ressaltou a gravidade da situação, visto que os equipamentos estão vencidos desde junho. A não substituição dos coletes vencidos pode trazer consequências sérias para a segurança dos profissionais que atuam em presídios e CDPs, colocando suas vidas em risco.
De acordo com Antônio Pereira Ramos, presidente do Sindpenal, os coletes deveriam ter sido recolhidos na data estabelecida, pois um colete vencido deixa de cumprir sua função de proteção, tornando-se ineficaz contra possíveis agressões. A entidade sindical informou que levará o caso ao Ministério Público de São Paulo em busca de medidas que garantam a segurança dos policiais penais.
O uso de coletes balísticos é indispensável para as atividades desempenhadas pelos agentes penais, como a escolta, vigilância e transporte de presos. Feitos de materiais como polietileno e aramida, esses equipamentos têm uma vida útil estimada entre cinco e dez anos, porém, após esse período, as proteções oferecidas pelo colete podem ser comprometidas.
A preocupação dos policiais penais com a falta de coletes em condições adequadas é evidente, principalmente em situações de risco como escoltas e vigilância nas muralhas dos presídios. A urgência na aquisição de novos equipamentos é uma prioridade para garantir a segurança e integridade física dos profissionais que atuam no sistema prisional.
O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Administração Penitenciária, declarou que não há uso de coletes vencidos pelos policiais penais, mas confirmou a abertura de licitação para a compra de 9.500 novos coletes. A expectativa é que os equipamentos sejam entregues até o fim de julho, visando regularizar a situação e garantir a proteção dos agentes penais no exercício de suas funções. Nesse contexto, a segurança e o bem-estar dos profissionais no sistema prisional se tornam prioridades para as autoridades competentes.