Agentes penitenciários são presos tentando entregar armas para detentos

Quatro agentes penitenciários temporários foram presos ao tentarem repassar armas, drogas, celulares, relógios digitais e outros itens para detentos da Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O caso ocorreu nesta quarta-feira (29/09). Os servidores 29, 30 e 38 anos tiveram os contratos rescindidos e foram encaminhado à Delegacia de Polícia Civil. Os detentos que receberiam os ilícitos respondem por tráfico de entorpecentes e o por organização criminosa.

Com os vigilantes foram apreendidos uma arma de fogo, dois relógios digitais (Smartwatchs), 2.060 papelotes de substância semelhante ao K4 , 516 papelotes de substância similar ao LSD, nove carregadores para celulares, duas chaves de manutenção de celulares, três celulares desmontados, duas carteiras de cigarro de palha, uma carteira de cigarro tradicional, um cigarro eletrônico, dois isqueiros, quatro frascos de essência para cigarro eletrônico, dois fones de ouvido, oito cabos UBS, um pen drive, um leitor de cartão e R$ 20 reais em espécie, além de um frasco de perfume, um tubo de cola usado em manutenção de celular e um canivete.

Segundo o diretor da unidade prisional, Roberto Lourenço, a interceptação ocorreu após uma série de apurações e levantamento de informações sobre possíveis casos de corrupção envolvendo servidores dentro do presídio, o que motivou a ampliação do rigor nos procedimentos operacionais.

Ainda de acordo com Lourenço, estão sendo realizadas apurações sobre outros possíveis repasses. “A Polícia Penal trabalha diariamente para coibir a entrada de ilícitos nas unidades prisionais e, em paralelo, para garantir que o custodiado cumpra a pena judicial de maneira correta. Ou seja, ações como repasses de materiais proibidos para custodiados não são aceitas e não coadunam com os procedimentos operacionais e caráter dos servidores que honram os trabalhos dentro desta força policial. Atos criminosos continuam sendo combatidos diariamente por essa gestão”, afirma.

 

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Operação desmantela esquema de fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil; grupo aliciava funcionários e terceirizados

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) lançaram uma operação para desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes que somaram mais de R$ 40 milhões contra clientes do Banco do Brasil. A ação, realizada na manhã desta quinta-feira, 21, incluiu a execução de 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados, entre eles funcionários e terceirizados do banco.
 
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), revelaram que os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos, como modens e roteadores, para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes. Esses dispositivos permitiam que os criminosos manipulassem informações, realizassem transações bancárias fraudulentas, cadastrassem equipamentos, alterassem dados cadastrais e modificassem dados biométricos.
 
A quadrilha atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas. Havia aliciadores que recrutavam colaboradores do banco e terceirizados para obter senhas funcionais; aliciados que forneciam suas credenciais mediante pagamento; instaladores que conectavam os dispositivos aos sistemas do banco; operadores financeiros que movimentavam os valores desviados; e líderes que organizavam e coordenavam todas as etapas do esquema.
 
As denúncias começaram a chegar à polícia em dezembro de 2023, e as investigações apontaram que o grupo criminoso atuava em várias agências do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, incluindo unidades no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel, Centro do Rio, Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
 
O Banco do Brasil informou que as investigações começaram a partir de uma apuração interna que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. A instituição está colaborando com a investigação, fornecendo informações e subsídios necessários.
 
A operação contou com a participação de cerca de 25 equipes policiais e tem como objetivo apreender dispositivos eletrônicos ilegais, coletar provas e identificar outros integrantes do esquema criminoso. Além disso, as autoridades estão em busca do núcleo superior do grupo criminoso e dos beneficiários dos recursos desviados.

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