AGM e FGM endossam coro contra discurso de Caiado

Depois de o vice-governador José Eliton sair em defesa da privatização da Celg D e os investimentos resultantes dela, em contra-ataque ao discurso do senador Ronaldo Caiado (DEM), foi a vez dos representantes dos municípios criticarem as palavras do Democrata, que acusou a gestão de Marconi Perillo (PSDB) de utilizar os recursos da venda da estatal para pressionar prefeitos a mudarem de partido e migrarem ao PSDB.

Em nota, as AGM repudiou as declarações de Caiado e disse que o momento econômico é de dificuldades. “Tratá-los como cooptáveis é uma irresponsabilidade”, diz a nota. “A parceria com o Governo de Goiás, que utilizará recursos do tesouro estadual para investir em obras e ações definidas pelos próprios prefeitos, é um avanço na relação institucional com os municípios”.

Ainda segundo a entidade, o senador deveria “fazer melhor uso de seu mandato”, defender os interesses dos municípios “em vez de permitir-se suscitar dúvidas, de maneira leviana sobre o trabalho desempenhado pelos prefeitos goianos”.

O presidente da Federação Goiana de Municípios e prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves (PMDB), declarou, nesta quinta-feira (16), que Marconi Perillo tem feito parcerias com todos os municípios goianos, independente da questão partidária. “Os recursos da venda da Celg é um ativo do Estado e o governador determinou que ele fosse aplicado nos municípios”, alegou. “Ressalto também que não houve convite para que os prefeitos de oposição trocassem de partido”, acrescentou, enfatizando que os gestores municipais goianos não estão à venda, como citou o senador do DEM.

*Com informações do gabinete de imprensa do governador

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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