Agressão a Paulo Onça: Sambista reconhecido é vítima de tentativa de homicídio em Manaus

Quem é Paulo Onça, sambista agredido após acidente em Manaus e reconhecido
nacionalmente por parcerias e composições

Com mais de 45 anos de carreira, Paulo Onça é conhecido por suas colaborações
com grandes nomes do samba e seu impacto tanto no cenário carioca quanto no
carnaval amazonense.

Paulo DE, sambista amazonense, ao lado de Zeca Pagodinho — Foto: Rede
sociais

Paulo DE, sambista amazonense, ao lado de Zeca Pagodinho — Foto: Rede sociais

O sambista Paulo Juvêncio de Melo Israel, conhecido como Paulo Onça, de 63 anos,
vítima de agressão após um acidente de trânsito
na madrugada desta quinta-feira (5) em Manaus,
tem mais de 45 anos de
carreira e um legado de 130 músicas que marcaram o Carnaval do Rio de Janeiro e
a cultura amazonense.

Após ser agredido pelo comerciante Adeilson Duque Fonseca
durante uma colisão de veículos em um trecho da Rua Major Gabriel, no bairro
Praça 14, Zona Sul da capital, o sambista Paulo Onça segue internado em estado
grave. O músico foi submetido a uma cirurgia.

Uma câmera de segurança registrou o acidente, ocorrido pouco depois da
meia-noite. O vídeo, obtido com exclusividade pela Rede Amazônica, mostra que o
carro do compositor passou no sinal fechado e colidiu com o veículo do
comerciante, que agrediu o sambista até deixá-lo inconsciente.

A pedido da Polícia Civil
a Justiça decretou na noite de quinta-feira a prisão preventiva de Adeilson
Duque, que é considerado foragido
pela tentativa de homicídio contra sambista.

TRAJETÓRIA NO SAMBA

Paulo DE, sambista amazonense, ao lado de ícones do samba — Foto: Redes
sociais

Paulo Onça, sambista amazonense, ao lado de ícones do samba — Foto: Redes
sociais

Natural de Manaus, Paulo Onça começou sua trajetória musical aos 16 anos e, em
1990, se destacou na Escola de Samba Vitória Régia com o samba “Nem Verde e Nem
Rosa”, que consagrou a escola campeã e se tornou um verdadeiro hino do carnaval
local.

Em 1998, fez história no Rio de Janeiro, quando conquistou o 7º lugar no
Carnaval carioca com a parceria de Quinho e Mestre Louro, em um samba enredo
sobre Parintins para o Salgueiro.

Em 2017, Paulo Onça assinou, junto aos compositores Kaká, Alan Vasconcelos,
Dinho Artigliri, Rubem Gordinho e Marco Moreno, o samba enredo da Grande Rio em
homenagem à cantora Ivete Sangalo, consolidando sua posição como um competidor
frequente no concurso da escola de Caxias.

Além disso, suas músicas foram interpretadas por grandes nomes como Zeca
Pagodinho, Jorge Aragão e o grupo Exaltasamba, tornando-se verdadeiros clássicos
do samba.

SUSPEITO FORAGIDO

Adeilson Duque Fonseca, conhecido como “Bacana”, suspeito de agredir
Paulo Onça após briga de trânsito em Manaus — Foto: Divulgação

Adeilson Duque Fonseca, conhecido como “Bacana”, suspeito de agredir Paulo Onça
após briga de trânsito em Manaus — Foto: Divulgação

As investigações, conduzidas pelo delegado Cícero Túlio, identificaram Adeilson
Duque como suspeito do crime. Com as evidências reunidas, a Polícia Civil pediu
à Justiça a prisão preventiva, que foi autorizada.

> “Realizamos várias ações para localizar o suspeito e interrogá-lo, mas, até o
> momento, ele não foi encontrado. Informações obtidas, inclusive nas
> proximidades de sua residência, indicam que ele fugiu logo após o ocorrido”,
> disse Cícero Túlio.

Para o advogado da família de Paulo Onça, Ezaquiel Leonardo trata-se de um crime
de tentativa de homicídio na sua forma qualificada.

> “O homicídio não se consumou naquele momento porque a população interveio e
> afastou o agressor”, pontuou a defesa da vítima.

DENÚNCIAS

A Polícia Civil solicita que, quem tiver informações sobre o paradeiro de
Adeilson Duque Fonseca, entre em contato:

* Disque-denúncia: (92) 98116-9099
* Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM): 181

As autoridades esclarecem que a identidade do informante será mantida em sigilo.

Paulo Onça é agredido durante briga de trânsito

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Prefeitura de Manaus deve liberar Praia da Ponta Negra após flagrante de banhistas: Entenda.

Após flagrante de banhistas, a Prefeitura de Manaus deve anunciar a liberação da Praia da Ponta Negra. Segundo a prefeitura, a liberação do banho será possível devido à subida das águas do Rio Negro, que ultrapassou a cota de emergência de 16 metros. Com a seca severa, a praia da Ponta Negra, principal balneário de Manaus, estava interditada para banho.

A Prefeitura de Manaus fará o anúncio das ações para a liberação da Praia da Ponta Negra nesta quinta-feira (26). O anúncio vem após o flagrante feito pela Rede Amazônica de banhistas desrespeitando os avisos de interdição para banho, que estão em vigor desde 17 de setembro. A liberação do banho na praia será possível devido ao aumento do nível do Rio Negro, que atingiu 17,09 metros na terça-feira (24), ultrapassando a cota de emergência de 16 metros.

A prefeitura informou, por meio de nota, que o anúncio oficial sobre a liberação do banho na Praia da Ponta Negra será feito às 9h de quinta-feira (26), no anfiteatro do complexo turístico, na Zona Oeste de Manaus. Apesar do anúncio, o local permanece interditado no feriado de Natal, pois na quarta-feira (25) ainda foi possível flagrar banhistas desrespeitando as placas de interdição e vandalizando a cerca que delimita a área interditada.

O monitoramento das condições de banho na praia foi intensificado nos últimos 15 dias pela Prefeitura de Manaus, que solicitou laudos e relatórios do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e do Corpo de Bombeiros. A interdição da Praia da Ponta Negra foi necessária devido à proximidade do fim do aterro perene e ao leito natural do Rio Negro, que pode apresentar alterações no terreno durante os movimentos de cheia e vazante.

Em 2013, a Prefeitura de Manaus assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), resultando na adoção de normas para o uso da praia. De acordo com o TAC, a interdição pode ser aplicada sempre que laudos e relatórios comprovarem que as condições da praia se tornam impróprias para os banhistas, como ocorreu este ano após o Rio Negro atingir 12,11 metros, o menor nível já registrado em mais de 120 anos de medição.

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