Agressão contra médico em Hospital de Aragoiânia já é terceiro caso na unidade

Os funcionários do Hospital Municipal de Aragoiânia denunciam a falta de segurança na unidade, que registrou, neste final de semana, o terceiro caso de agressão contra profissionais de saúde lotados no local. Por telefone, uma colaboradora relatou à reportagem do Diário do Estado (DE) que ano passado a vítima foi uma enfermeira e no, ano anterior, outro médico foi agredido por pacientes.

A mulher preferiu não se identificar por medo de represália, mas, confidenciou que a equipe reclamou junto à prefeitura por mais policiais ou guardas civis no local. Até o momento, o Executivo municipal não tomou providências. A preocupação aumenta quando há maior demanda na unidade, o que deixa a população mais irritada.

“Nós temos  mais problemas com superlotação às segundas-feiras. É quando muita gente vem para tentar conseguir atestado médico. Geralmente as agressões são por motivo fútil, como esse. As pessoas se estressam e aí querem brigar”, denuncia a servidora.

O caso de violência mais recente foi na tarde deste domingo, 18, quando um pai xingou e agrediu o médico Diego Santana com um capacete no rosto e nos braços. Ele não gostou de o profissional ter concedido apenas um dia atestado para que o filho de 17 anos faltasse ao trabalho em um supermercado da cidade. 

O rapaz chegou ao hospital com uma luxação crônica no joelho esquerdo, foi medicado e orientado a retornar para casa. Segundo testemunhas, o homem queria três dias de repouso para o adolescente. A proposta foi recusada pelo médico, que não considerou necessário mais dias de repouso. 

Com o impacto do capacete, o médico caiu no chão inconsciente por alguns minutos. Quando recuperou a consciência, ele informou aos colegas que não tinha condições de continuar com os atendimentos e um colega o  substituiu no plantão. Ele fraturou o braço e o osso da face.

A Polícia Militar teria chegado à unidade somente uma hora depois do caso, tempo em que o agressor foi embora. Dessa forma, não foi possível registrar o flagrante.  O caso foi registrado na Polícia Civil. 

O advogado do médico agredido, Eduardo Silveira  informou que o autor das lesões foi identificado como Vinícius Moreira da Silva e que atua junto com a com a polícia civil, responsável pela apuração, para que o caso seja esclarecido.”A vítima e a classe médica não medirão esforços para responsabilizar o agressor civilmente e criminalmente”, divulgou por meio de nota.

Entramos em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Aragoiânia para esclarecimentos sobre as reclamações dos servidores e sobre o incidente. A Secretaria Municipal de Saúde de Aragoiânia se solidarizou com o médico, repudiou qualquer tipo de violência e afirmou que estão sendo tomadas as devidas providências para garantir mais segurança aos usuários e profissionais de saúde.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp