Agressor de paisagista é considerado inimputável em caso de distúrbio do sono: vítima se diz devastada

Justiça diz que agressor de paisagista cometeu crime durante distúrbio do sono e é inimputável; ‘Sensação devastadora’, diz vítima

A decisão da 7ª Câmara Criminal do Rio confirmou que o homem julgado por tentativa de feminicídio e agressão contra a paisagista Elaine Caparroz, em 2019, não pode ser responsabilizado pelo crime. O motivo, para a Justiça, é que ele cometeu as agressões devido a comportamentos violentos causados por distúrbios do sono (parassonia). Vinícius Batista Serra foi considerado “inimputável” e, portanto, não pode responder pelos crimes. Ao DE, a vítima, que entrou com recurso, lamentou a nova decisão:

> “É uma sensação devastadora, pois cada vez mais no Brasil nós vemos a impunidade”, disse Elaine.

O acórdão também determinou que Vinícius Batista Serra não vai precisar pagar a indenização de R$ 100 mil pedida pela vítima. A advogada que representa Elaine já disse que vai recorrer da decisão nos tribunais superiores, e que pode ir ao Tribunal Penal Internacional.

Na sentença de 1ª instância, de maio deste ano, o juiz Alexandre Abrahão afirmou que o crime era doloso (com intenção). No entanto, o magistrado alegou, com base em provas de perícia e de testemunhas ouvidas no processo, que o estado mental “patológico” de Vinícius indicava que ele era “inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito de seus atos”. Durante o processo, peritos apresentaram um laudo de polissonografia e disseram que já havia relatos de agressões de Vinícius, enquanto dormia, contra a mãe e o irmão dele.

A advogada de Elaine Caparroz, Gabriela Manssur, contestou a decisão e ressaltou que acreditava que Vinícius não poderia ser considerado inimputável. Ela recebeu a decisão com tristeza, criticando a falta de perspectiva de gênero na resolução do caso. A defesa de Vinícius, representada por Caio Conti Padilha, afirmou que o agressor não se lembrava do que havia feito devido ao sonambulismo, concluído por peritos do estado. Elaine Caparroz, por sua vez, mantém a esperança de que a justiça será feita em seu caso:

“Eu acredito que todo homem que tenta destruir a vida de alguém não pode sair impune, mas sim arcar com as consequências das suas ações”.

No texto, o desembargador Joaquim Domingos afirmou que Vinícius continuará com tratamento ambulatorial e que seu caso poderá ser reavaliado. Dependendo do resultado, ele poderá ser internado em uma unidade psiquiátrica. Elaine relembrou os impactos que o episódio de agressão causou em sua vida, destacando as sequelas físicas e psicológicas sofridas.

Ao longo do processo, a controvérsia em torno da capacidade de Vinícius em entender seus atos permaneceu, com a acusação contestando a decisão da Justiça. O caso continua sendo acompanhado de perto, com a vítima buscando justiça e reparação pelos danos causados. A história de Elaine Caparroz e Vinícius Batista Serra é um exemplo de como distúrbios do sono e suas consequências podem gerar impactos profundos na vida das pessoas envolvidas.

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Ney Latorraca, ícone da TV brasileira, será velado no Theatro Municipal: saiba mais

Ney Latorraca, um dos maiores ícones da televisão brasileira, será velado no Theatro Municipal nesta sexta-feira. O renomado artista estava internado na Clínica São Vicente após agravamento do quadro de câncer de próstata e acabou falecendo em decorrência de sepse pulmonar. Ao longo de sua brilhante trajetória, Ney se destacou por interpretar diversos personagens memoráveis, como o icônico Vlad, de ‘Vamp’, e o marcante Barbosa, em ‘TV Pirata’.

O ator e diretor Ney Latorraca, de 80 anos, será velado no Theatro Municipal, localizado na Praça Floriano Peixoto, Centro do Rio de Janeiro, das 10h30 às 13h30, em uma cerimônia que será aberta ao público. A cremação, no entanto, será reservada aos amigos e familiares do artista. Sua morte ocorreu na manhã desta quinta-feira, após uma batalha contra o câncer de próstata que havia sido diagnosticado em 2019 e voltou com metástase em agosto deste ano.

Ney Latorraca deixa como legado o amor e carinho de seu marido, o ator Edi Botelho, com quem compartilhou a vida por 30 anos. O corpo do artista será velado no foyer do Theatro Municipal do Rio nesta sexta-feira, com uma despedida aberta ao público das 10h30 às 13h30, seguida por uma cerimônia privada de cremação destinada à família e amigos mais próximos. Sua jornada na Rede Globo teve início em 1975, na novela “Escalada”, e desde então, Ney conquistou o coração do público com sua versatilidade e talento.

Com trabalhos marcantes em novelas, programas humorísticos e minisséries, Ney Latorraca cativou o público com personagens como Quequé em “Rabo de Saia”, o vampiro Vlad em “Vamp” e Barbosa em “TV Pirata”. Seu brilhantismo artístico foi reconhecido e admirado por muitos, tornando-se uma referência na televisão brasileira. Seu legado também inclui sua participação no teatro, cinema e em diversas outras produções audiovisuais ao longo de sua carreira.

Ney Latorraca foi um talento nato e destacou-se desde cedo no mundo artístico. Com uma infância marcada por desafios, Ney encontrou na arte uma forma de sobreviver e se expressar. Sua jornada envolveu momentos de superação e conquistas, encantando o público com sua presença única e personagens inesquecíveis que fizeram parte da história da televisão no Brasil.

A paixão de Ney Latorraca pela arte e pela representação transcendia suas interpretações, refletindo-se em cada personagem que dava vida. Sua versatilidade e talento o consagraram como um dos grandes nomes da dramaturgia nacional, deixando um legado que será lembrado e reverenciado por gerações. A despedida do querido artista no Theatro Municipal representa não só uma homenagem, mas também uma celebração da vida e do talento de um dos maiores artistas do cenário televisivo brasileiro. Ney Latorraca, para sempre em nossos corações.

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