Agrodefesa alerta produtores para prazos de janeiro

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), órgão do Governo de Goiás, alerta produtores rurais para que tenha atenção aos prazos de ações, ligadas a importantes cadeias agrícolas e pecuárias, que finalizam neste mês de janeiro.

O calendário referente ao mês de janeiro inclui atenção à semeadura da soja, cadastro de lavouras e registro de estabelecimentos comerciais avícolas, com foco na prevenção da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (gripe aviária).

ALERTA PRODUTORES

“A Agrodefesa tem um importante papel junto ao produtor rural de manter vigilância ativa sobre cultivos e rebanhos, de modo a evitar a introdução e disseminação de pragas e doenças. Para isso, atualiza e divulga constantemente calendários de ações com foco no monitoramento das produções goianas”, explica o diretor de Defesa Agropecuária, Augusto Amaral Rocha.

“No mês de dezembro, por exemplo, tivemos muitas ações com prazos focados no rebanho bovino, mas agora neste mês de janeiro é a vez dos estabelecimentos comerciais avícolas e dos produtores de soja darem atenção às ações que a Agência requer deles”, complementa.

Augusto explica, ainda, que esse monitoramento contribui para que o Governo de Goiás possa dar uma resposta efetiva, no caso da identificação de algum potencial risco às lavouras e rebanhos goianos.

“É importante que o produtor mantenha sua documentação e seus cadastros atualizados junto à Agrodefesa, pois isso é fundamental para a defesa agropecuária de todo o Estado. Em uma eventual identificação de doença ou praga, com o mapeamento atualizado, a Agência pode agir de forma efetiva, minimizando possíveis impactos nas diferentes cadeias produtivas”, acrescenta.

Confira o cronograma dos prazos que finalizam no mês de janeiro:

Agrícola

12 de janeiro: Fim do prazo para a semeadura de soja

O Governo de Goiás, por meio da Agrodefesa, conseguiu junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a prorrogação do prazo para a semeadura da soja no estado. Com isso, o plantio que terminaria no dia 2 de janeiro de 2024, se estenderá até 12 de janeiro.

A solicitação foi encaminhada pela Agência a pedido do setor produtivo, por meio da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), motivada pela forte influência do fenômeno climático El Niño, que ocasionou irregularidades das chuvas e elevadas temperaturas no segundo semestre de 2023. A prorrogação deve ajudar os produtores que se encontram diretamente prejudicados pela falta de chuva deste ano, especialmente no Norte do estado.

27 de janeiro: Fim do prazo para o cadastro de lavouras de soja junto à Agrodefesa

Após prorrogação da semeadura de soja no estado até 12 de janeiro, o prazo para efetuar o cadastro de lavoura também foi alterado. Agora, os produtores goianos podem fazer o registro no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago) até 27 de janeiro.

A declaração é obrigatória e sempre deve ser feita até 15 dias após o término do calendário da semeadura. Constam neste cadastro informações da área plantada, o tipo de cultivar utilizada, a data do plantio e previsão da colheita. Também é solicitado o CNPJ de onde foi adquirida a semente, ou se a semente foi produzida pelo próprio produtor, além de informações sobre cultura irrigada ou não.

As informações são importantes para o trabalho de sanidade no campo, a exemplo do combate de pragas como a ferrugem asiática.

Pecuária

31 de janeiro: Fim do prazo de registro ou renovação de cadastro de estabelecimentos comerciais avícolas junto à Agrodefesa

A Agrodefesa publicou a Instrução Normativa 10/2023 que estabelece o prazo de 31 de janeiro de 2024 para o registro ou o recadastramento de estabelecimento comercial avícola junto à Agência. O cadastro deve ser feito por meio do Sidago, disponível no site.

A medida sanitária faz parte de uma série de ações adotadas pelo Governo de Goiás, por meio da Agrodefesa, com o objetivo de garantir a prevenção e o controle de doenças, como Influenza Aviária e NewCastle.

Na Instrução Normativa, publicada no fim de 2023, além das regras para registro dos estabelecimentos, também foram reforçadas as medidas sanitárias que devem ser aplicadas em estabelecimentos avícolas comerciais, como granjas, para evitar a possível disseminação do vírus da Influenza.

31 de janeiro: Fim do prazo para declaração de biosseguridade em granjas avícolas de Goiás junto à Agrodefesa

Ação com foco na prevenção da introdução da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (Gripe aviária), a biosseguridade em avicultura constitui-se na adoção de um conjunto de medidas e procedimentos operacionais que visam prevenir, controlar e limitar a exposição de aves contidas em um sistema produtivo a agentes causadores de doenças.

Ao implementar e manter boas práticas de produção baseadas em biosseguridade, o produtor minimiza o risco de introdução e disseminação de doenças em sua granja. O modelo de declaração está disponível no site da Agência (https://www.agrodefesa.go.gov.br/files/TI-2021/dezembro2023/declaracaobio.pdf) e deve ser preenchido por um médico veterinário, que é o responsável técnico pela execução dos controles higiênico-sanitários dos plantéis nas granjas e estabelecimentos comerciais, ou pelo próprio produtor rural.

O documento precisa, ainda, ser inserido no Sidago até o prazo estabelecido por meio do site.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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