Agrodefesa intensifica controle e erradicação de praga em critos

Desde que foram identificados focos da praga quarentenária HLB (Huanglongbing), também conhecida como Greening, em pomares de citros comerciais e não comerciais em Quirinópolis e Campo Limpo de Goiás em junho deste ano, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) intensifica as ações emergenciais para assegurar a erradicação e o controle da doença no estado.

HLB ou Greening é considerada a pior doença dos citros por não possuir tratamento e por se propagar em alta velocidade. Entre as medidas adotadas pela Agrodefesa está o levantamento da delimitação de áreas nos municípios com focos e limítrofes, com o objetivo de identificar as áreas de abrangência da disseminação da praga em Goiás.

CRITOS

Até o momento, foram inspecionadas 40 propriedades comerciais de citros e quatro não comerciais no estado. Em Campo Limpo de Goiás, por exemplo, todas as 22 propriedades comerciais de citros e três não comerciais passaram pela inspeção técnica.

Também foram inspecionadas quatro propriedades comerciais nos municípios limítrofes de Ouro Verde e cinco propriedades comerciais e uma não comercial em Anápolis. Somente Anápolis tem mais de 60 propriedades comerciais de citros, que são inspecionadas rotineiramente pelos fiscais da Agrodefesa.

Com base nessa atuação, foi constatada a presença da praga, via laudo oficial, em duas propriedades comerciais e em uma propriedade não comercial em Campo Limpo de Goiás. As plantas contaminadas estão sendo erradicadas pelos proprietários, sob orientação de profissionais da Agrodefesa.

“De acordo com as inspeções realizadas, com uso de armadilhamentos nas propriedades, e resultados apresentados nos laudos oficiais, concluímos que a incidência da praga HLB encontra-se em uma área bem restrita do município de Campo Limpo de Goiás e com infestação baixa do psilídeo – Diaphorina citri – no estado de Goiás”, afirma a coordenadora do Programa de Citros da Agrodefesa, Mariza Mendanha.

O presidente da Agência, José Ricardo Caixeta Ramos, acrescenta que a Agrodefesa desenvolve um intenso trabalho de monitoramento das produções comerciais de citros no estado, exatamente para evitar a entrada de doenças em Goiás, como é o caso do HLB, que já atingia estados limítrofes ao nosso.

“Esses dois casos de Greening confirmados, tanto em Campo Limpo de Goiás, quanto em Quirinópolis, são isolados e a partir dessa identificação, demos início imediatamente a um protocolo de medidas de contenção da praga para evitar a disseminação. Esse trabalho é importante para assegurar a sanidade vegetal em Goiás e evitar impactos econômicos para produtores e para a população, porém é importante que a sociedade não adquira mudas de comércio ambulante, prática essa que é proibida por colocar em risco a economia agrícola do Estado”, enfatiza o presidente.

HLB OU GREENING

A doença foi detectada no Brasil a partir de 2004 e tem causado grandes perdas. Encontra-se presente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, além de Goiás. É causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp., transmitida pelo psilídeo Diaphorina citri, inseto de coloração branca acinzentada e manchas escuras nas asas.

Os principais sintomas do HLB são folhas mosqueadas e amareladas, desfolha, seca e morte de ramos. Os frutos são deformados, pequenos e assimétricos, as sementes são abortadas, pequenas e malformadas e de coloração escura.

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Operação desmantela esquema de fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil; grupo aliciava funcionários e terceirizados

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) lançaram uma operação para desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes que somaram mais de R$ 40 milhões contra clientes do Banco do Brasil. A ação, realizada na manhã desta quinta-feira, 21, incluiu a execução de 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados, entre eles funcionários e terceirizados do banco.
 
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), revelaram que os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos, como modens e roteadores, para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes. Esses dispositivos permitiam que os criminosos manipulassem informações, realizassem transações bancárias fraudulentas, cadastrassem equipamentos, alterassem dados cadastrais e modificassem dados biométricos.
 
A quadrilha atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas. Havia aliciadores que recrutavam colaboradores do banco e terceirizados para obter senhas funcionais; aliciados que forneciam suas credenciais mediante pagamento; instaladores que conectavam os dispositivos aos sistemas do banco; operadores financeiros que movimentavam os valores desviados; e líderes que organizavam e coordenavam todas as etapas do esquema.
 
As denúncias começaram a chegar à polícia em dezembro de 2023, e as investigações apontaram que o grupo criminoso atuava em várias agências do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, incluindo unidades no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel, Centro do Rio, Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
 
O Banco do Brasil informou que as investigações começaram a partir de uma apuração interna que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. A instituição está colaborando com a investigação, fornecendo informações e subsídios necessários.
 
A operação contou com a participação de cerca de 25 equipes policiais e tem como objetivo apreender dispositivos eletrônicos ilegais, coletar provas e identificar outros integrantes do esquema criminoso. Além disso, as autoridades estão em busca do núcleo superior do grupo criminoso e dos beneficiários dos recursos desviados.

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