Agrodefesa passa a realizar análise para detectar bactéria de alto risco

LabQuali realiza análises microbiológicas e físico-químicas em amostras colhidas em estabelecimentos sob inspeção estadual (Foto: Agrodefesa )

O Laboratório de Controle de Qualidade de Alimentos (LabQuali) da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), órgão do governo estadual, expande escopo de análises microbiológicas para incluir o ensaio analítico de detecção e isolamento de uma bactéria que representa risco à saúde humana: a Listeria Monocytogenes, que pode estar presente em alimentos de origem animal.

A bactéria pode contaminar, por exemplo, produtos como leite, queijos, carnes cruas e processadas, e desencadear a doença conhecida por listeriose, especialmente perigosa para grupos vulneráveis como mulheres grávidas, recém-nascidos, idosos e imunodeprimidos.

Para entender a gravidade, ela pode causar aborto, natimorto, evoluir para meningite e septicemia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou inclusive que, apesar de não ser comum, o agravamento da doença pode levar indivíduos susceptíveis à morte.

“Temos como compromisso social oferecer uma análise mais aprimorada dos produtos de origem animal inspecionados pela Agrodefesa. Incluir esse novo exame, para além dos que já realizamos, nos permite oferecer uma resposta mais assertiva sobre a qualidade do alimento processado que chega à mesa do consumidor, e sobre a importância de consumir produtos inspecionados pelos serviços oficiais, sejam municipal, estadual ou federal”, esclarece o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.

AMPLIAÇÃO DO ESCOPO

O LabQuali realiza análises microbiológicas e físico-químicas em amostras colhidas em estabelecimentos sob inspeção estadual. A recente inclusão do ensaio analítico de detecção e isolamento de Listeria monocytogenes reforça o compromisso do laboratório em fornecer resultados de alta qualidade, fundamentais para o fortalecimento do serviço de inspeção estadual e a proteção da saúde dos consumidores.

Conforme explica a gerente do LabQuali, Pryscilla Gonçalves, a contaminação dos alimentos se dá, principalmente, por práticas inadequadas de manipulação e de controle higiênico-sanitário deficiente nas instalações de preparo dos alimentos. Para assegurar a conformidade com regulamentações, esses produtos de origem animal devem passar por diversas etapas de fiscalização para conferir os critérios exigidos pela legislação.

SOBRE O LABQUALI

O LabQuali é um dos três laboratórios oficiais da Agrodefesa, e possui dois setores específicos: o de análises físico-químicas, que verifica a integridade física e química dos alimentos; e o laboratório de microbiologia, que verifica a possibilidade de contaminação de alimentos de origem animal acima dos índices preconizados por lei.

Todos os estabelecimentos que se dedicam à fabricação (artesanal ou industrial) de produtos de origem animal inspecionados pela Agrodefesa têm amostras coletadas pelos fiscais estaduais agropecuários três vezes ao ano, e uma vez ao ano, da água utilizada no processo, para serem analisadas pelo LabQuali.

Além disso, as empresas são responsáveis por enviarem mensalmente a laboratórios independentes amostras de seus produtos para análises físico-químicas e microbiológicas, direcionamento os resultados à Agrodefesa, que faz o acompanhamento in loco do processo fabril, e oferece as orientações necessárias para os ajustes sanitários, quando identificada a sua necessidade.

O LabQuali promove anualmente em torno de 10 mil ensaios analíticos de amostras de produtos de origem animal, sendo que no laboratório de análises físico-químicas são oferecidos 23 tipos de ensaios, e no de microbiologia três tipos distintos.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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