Agrodefesa realiza conscientização sobre Influenza Aviária na região do Araguaia

Aproveitando o período de férias de julho, quando aumenta o número de turistas que visitam a região do Araguaia em Goiás, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em conjunto com entidades parceiras, intensificou ações de sensibilização da população sobre a Influenza Aviária. Desde o início do mês são realizadas visitas a acampamentos e abordagens às pessoas que chegam aos municípios de Aruanã, Aragarças, São Miguel do Araguaia e distrito de Luiz Alves para compartilhamento de informações e entrega do material “Não dê asas para a Influenza Aviária! A prevenção é a solução”.

De 20 a 24 de julho a ação ocorrerá em Aragarças, enquanto de 27 a 31 de julho vai se concentrar em Aruanã. O foco é explicar os principais sinais da gripe aviária, as formas de contaminação, os cuidados necessários para evitar a transmissão, além de apresentar os canais de notificação para o caso de encontrar aves doentes ou mortas.

A doença tem chamado bastante atenção no País, porque a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) é causada por vírus. A transmissão pode se dar pelo ar, água, alimentos e materiais contaminados, assim como pelo contato com aves doentes e o acesso de pessoas de fora das criações comerciais. Outra forma possível de transmissão é o contato das aves de criatórios com aves silvestres de vida livre (que migram inclusive de um continente para outro).

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, enfatiza que, ao contrário de outros estados, Goiás não registrou nenhum caso de gripe aviária, seja em aves silvestres, de subsistência, em granjas ou na indústria. “Por isso é importante adotar medidas de prevenção e o Governo de Goiás, juntamente a parceiros, tem fortalecido as ações para diferentes públicos no Estado. Do pequeno produtor, que cria galinhas em sua propriedade, até as pessoas que visitam os pontos turísticos e podem ter contato com algum tipo de ave, todos estão sendo orientados em relação aos cuidados preventivos para evitar a transmissão da doença”, enfatiza.

Até o momento, 64 casos foram confirmados nos estados da Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, segundo informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Desse total, apenas dois se referem a aves de criações de subsistência. Os demais envolvem aves silvestres.

Conhecimento

Além da ação em pontos turísticos, como o Araguaia, a Agrodefesa tem atuado na capacitação de servidores de outras pastas do Estado e colaboradores de entidades para formar multiplicadores de conhecimento. No mês de julho, mais de 100 servidores da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) e profissionais técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) passaram por treinamento e receberam informações sobre a Influenza Aviária.

O gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Antônio Leal, destaca que esses profissionais trabalham no campo e estão sempre em contato com os produtores, especialmente da agricultura familiar, em todas as regiões do estado. “Os técnicos da Emater, pela capilaridade e acesso aos produtores de pequena escala, podem ajudar na sensibilização e conscientização sobre a notificação de suspeita de doenças em aves, contribuindo para aumentar toda a rede preventiva em Goiás. Quanto mais pessoas receberem orientações, mais chances temos de detectar um caso provável e entrar com as medidas pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) em tempo hábil.”

A coordenadora Estadual do Programa de Sanidade Avícola da Agrodefesa, Silvânia Andrade Reis, enfatiza que a doença, uma vez instalada, pode causar prejuízos sanitários, econômicos e sociais. “Quando ocorre dentro de um estabelecimento comercial, toda a produção é perdida, porque a mortalidade é de 100%. Não temos um local onde há influenza e a mortalidade é de 20% ou 30%. E as aves que não vierem a óbito imediatamente, o serviço oficial precisa sacrificar, interditar a propriedade. Então, é um prejuízo de milhões, considerando o montante de aves e de carne de frango que o Brasil produz, consome e exporta para fora do país”, relata.

Ela informa ainda que pelo fato de ser uma cadeia produtiva bem organizada, a avicultura, se sofrer com a contaminação da Influenza Aviária, terá impactos em relação aos postos de trabalho e renda da população. “São famílias que podem perder o emprego e ficar sem recursos. E não é somente na cadeia avícola. Impacta a produção de milho e soja, que são grãos utilizados na alimentação de aves nas granjas. Por isso é importante trabalharmos em diferentes frentes, para mitigar e impedir a entrada dessa doença no estado”, reforça.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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