Agrodefesa: tecnologia goiana atende mais da metade dos estados brasileiros

Desenvolvido pelo Governo de Goiás, o trabalho de defesa agropecuária é uma referência em todo território nacional e tem despertado interesse até em países vizinhos. Prova disso é o volume de solicitações que a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) recebe, vindas de diversos estados brasileiros – com destaque para as regiões Norte e Nordeste do País –, para a cessão do Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago), tecnologia desenvolvida para acompanhamento das ações sanitárias animais e vegetais.

De terça a quinta-feira desta semana (6 a 8/10), uma comitiva da Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec) realizou treinamento na sede da Agrodefesa, em Goiânia, para aprimoramento no uso do sistema goiano, que passará a ser uma ferramenta de gestão do governo tocantinense. “Nessa cessão do Sidago, feita via termo de cooperação técnica entre a Agrodefesa e a Adapec, passaremos a ter acesso a um sistema de defesa muito mais avançado, o que nos permitirá incrementar a defesa agropecuária do Tocantins”, explica o vice-presidente da Adapec, Lenito Abreu.

Já a coordenadora do Programa de Certificação Fitossanitária de Origem da Agrodefesa, Fernanda Faganello, está no Nordeste brasileiro, onde conduz até o dia 10 de outubro treinamento do sistema junto à equipe técnica da área vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão, que também adotou o Sidago. O trabalho consiste em auxiliar a equipe maranhense em ponto de customização da plataforma, para atender às particularidades locais.

“Somos referência pelo trabalho de excelência que executamos em campo, na informação, orientação e fiscalização de toda a cadeia agropecuária, que é a grande alavanca econômica de Goiás”, declara o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.

Referência

Conforme informa o gerente de Tecnologia da Agência, Carlos Howes, atualmente 14 estados brasileiros passaram pela transferência da tecnologia desenvolvida pelos técnicos da Agência; outros dois (Sergipe e Pará) já fizeram a solicitação para o uso; e São Paulo e Minas Gerais enviaram equipes a Goiânia com o objetivo de realizarem consultorias para aprimoramento de seus sistemas próprios. Técnicos do Suriname também já visitaram o órgão, interessados em compreender o funcionamento da tecnologia.

O Sidago é 100% elaborado por técnicos da Agrodefesa e permite a toda cadeia da agropecuária fazer os registros legais e cabíveis da sua produção, comercialização e cuidados sanitários adotados com rebanhos e lavouras, de forma virtual e segura. Serve também como ferramenta de gestão para os técnicos da agência que, de posse de tais informações, conseguem mapear e traçar políticas de educação e fiscalização das normas e leis sanitárias vigentes.

Desde 2015 o Sistema de Defesa Agropecuário Goiano começou a atrair o interesse de demais entes da federação. No entanto, explica o gestor Carlos Howes, a partir de 2020 houve um crescente interesse por parte dos estados brasileiros no uso da tecnologia.

Serviço

Confira no vídeo abaixo como se inscrever no Sidago

Estados que utilizam sistema desenvolvido por Goiás

Amazonas, Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Piauí, Rondônia, Roraima, Paraíba, Rio Grande do Norte e Tocantins

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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