Aguapés no Rio Tietê: Impactos no turismo e pesca no interior de SP

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Aguapés tomam conta do Rio Tietê e prejudicam turismo e pesca no interior de SP

O excesso de plantas aquáticas está dificultando a navegação no Rio Tietê, colocando embarcações em risco e afetando produtores de peixe em Barra Bonita e região. Pesquisadores identificaram que os aguapés também estão afetando a qualidade da água no trecho do rio.

Um extenso tapete verde se formou sobre o Rio Tietê, em Barra Bonita, no interior de São Paulo. Em alguns trechos, são cerca de seis quilômetros de aguapés – plantas aquáticas que estão prejudicando o turismo e economia na região. Mais de três mil turistas fazem passeios de barco todas as semanas, mas enfrentam dificuldades com o excesso de vegetação na água.

O ponto alto do passeio de barco é a eclusagem, porém os aguapés se tornaram um obstáculo, transformando a paisagem. Onde deveria haver água, há um matagal flutuante. As dificuldades não são apenas para os turistas, mas também para as embarcações que tentam seguir viagem, correndo riscos de ficarem à deriva ou até mesmo naufragarem.

Os prejuízos não param no turismo, impactando também os produtores de peixes. Em uma fazenda de piscicultura em Arealva (SP), os ventos arrastaram os aguapés para dentro dos tanques de tilápias, prejudicando a alimentação dos peixes devido à falta de oxigênio. Além disso, a pesca também foi afetada, com pescadores relatando queda na renda de até 40%.

Um grupo de trabalho formado por empresários, ONGs e pesquisadores identificou que os aguapés estão afetando a qualidade da água no interior do estado, reduzindo o volume do Rio Tietê. A diretora da Fundação SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, alerta que as recentes ondas de calor têm agravado a situação, acelerando a proliferação das plantas aquáticas.

Diante desse cenário, a situação no Rio Tietê é de preocupação, com o calor contribuindo para o aumento de plantas aquáticas. O impacto negativo não se restringe apenas ao turismo e à pesca, mas também à qualidade da água e ao ecossistema local. Medidas precisam ser tomadas para reverter essa situação e preservar o Rio Tietê e sua biodiversidade.

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