AJPS: 30 anos transformando vidas através da arte em Mogi das Cruzes

ajps3A-30-anos-transformando-vidas-atraves-da-arte-em-mogi-das-cruzes

AJPS: 30 anos dedicados a conectar jovens com a arte

A Associação tem como objetivo mudar a vida de crianças e jovens através da arte, com muita alegria e amor pelo que faz. A entidade foi criada em 1995 como uma associação de moradores e ao longo do tempo se transformou em um celeiro dedicado à formação de artistas.

Prestes a completar 30 anos, a Escola de Artes Associação dos Moradores do Jardim Juliana, Vila Paulicéia e Vila Suissa (AJPS), em Mogi das Cruzes, muda a vida de jovens através da arte todos os dias. Com espetáculos, músicas e, principalmente, amor, a entidade acumula histórias que servem de inspiração para muitos.

Com mais de 120 alunos, a entidade tem o intuito de ajudar jovens a se conectar com o mundo artístico, oferecendo uma formação continuada em diversas áreas da cultura, como balé, violão, teatro, acrobacia e musicalização. Segundo Rita Bonfim, gestora da AJPS, a arte muda a forma de pensar e agir das pessoas, fazendo com que elas tenham mais sensibilidade e respeito pelo outro.

Desde 2008, a escola produz espetáculos anuais, promovendo diferentes produções, que encantam e emocionam o público. Ao longo desta trajetória, a escola já realizou mais de 25 espetáculos e atualmente, oferece mais de dez cursos para diferentes faixas-etárias. “Para ser um de nossos alunos, é necessário ter interesse e comprometimento com a atividade. Nós verificamos a faixa-etária para cada oficina, se há vaga para a turma”, disse Rita Bonfim, gestora da AJPS.

No dia 25 de julho de 1995, um grupo de aposentados da Vila Paulicéia fundou a AJPS. Sebastião Jorge da Silva, Geraldo Menino e Vicente Menino encabeçaram a ideia. Inicialmente, a escola não se chamava assim, o nome era Associação de Moradores Unidos do Jardim Juliana, Vila Paulicéia e Vila Suíça. O objetivo da entidade era dar assistência a moradores dos bairros com a distribuição de leite, em parceria com o programa Vivaleite, e no Natal e Dia das Crianças, entregando brinquedos para as crianças.

Segundo Rita, em 2001, a entidade deu uma “virada de chave”. O projeto “Agente Jovem” passou a ser realizado no local. O programa visava a reinserção de jovens à escola. O curso trazia aulas de capoeira, teatro, cidadania, computação e danças urbanas. Rita lembra que os alunos recebiam um valor mensal para se manterem nas atividades e retornarem aos estudos formais. O projeto durou um ano e meio, mas a maioria dos alunos não quis abandonar o espaço. Foi então que a Associação passou a oferecer aulas de danças urbanas, que eram as favoritas da turma.

Depois do sucesso do primeiro espetáculo, a escola continuou realizando apresentações anuais e eventos, sempre com a casa lotada, afirma Rita. Além disso, a escola realiza anualmente o “Tapioca’s Concert”, uma mostra interna de resultados que acontece desde 2010. O evento conta com coreografias, apresentações e até arte circense, que são apresentadas ao ar livre. Pais de alunos e vizinhos de bairro prestigiam o acontecimento todo ano.

“Muitos dos ex-alunos vêm nos visitar, eles sempre falam sobre como a AJPS mudou a vida deles. […] Dizem que ajuda até nas provas orais, o poder de dissertar”, explica Rita. Alguns artistas profissionais e semiprofissionais foram formados ao longo dessa história, como o grupo de danças urbanas Power Crew, a Companhia Teatral 60 na Kombi e a banda Charanga. Marcela Barbosa é uma dessas alunas. Ela se formou na AJPS em 2007, e segue na carreira artística, tendo se apresentado em diversos países.

Para comemorar as três décadas de história, a escola já está em ritmo de preparação. Na lista está a produção de um documentário e exposições de fotos e figurinos. O “Tapioca’s Concert” também será especial, com apresentações mais elaboradas e como sempre, muito comprometimento dos alunos. Rita destaca que a AJPS é a única escola de Mogi das Cruzes que oferece esta formação continuada voltada à cultura e, por isso, o desafio é grande. “A cidade precisa conhecer esse equipamento que não tem em outras cidades tão facilmente. […] Ter uma escola assim, em um bairro acessível, é difícil de se ter. E aqui em Mogi, a gente tem”, afirma a gestora. Mesmo com as dificuldades, a gestora diz que a recompensa é muito grande.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp