Alarme falso de rompimento de barragem causa susto em Crixás

Um alarme falsou assustou os moradores de Crixás, no norte do estado, nesta segunda-feira (10). O aviso de rompimento de uma barragem tocou de forma indevida, fazendo com várias pessoas saíssem de casa com medo. Um morador, de forma anônima, disse que a população foi ao ponto de encontro seguro após ouvir as sirenes.

Em nota, a Mineradora AngloGold Ashanti disse que houve um “acionamento indevido” no sistema de comunicação de emergência e a barragem em Crixás está segura e estável. A barragem tem 87 metros de altura e 1,12 km de comprimento, segundo “Declaração de Condição de Estabilidade”, disponível no site da empresa.

Assinado em 29 de março de 2023, o documento descreve que a última inspeção aconteceu em 17 de janeiro deste ano. O dano potencial da barragem em Crixás é alto, mas a categoria de risco é baixa. O responsável pela inspeção atestou a estabilidade da barragem conforme as leis e resoluções vigentes.

Leia nota da mineradora:

Informamos que, nesta segunda-feira, 10 de julho, próximo das 10h, houve o acionamento indevido das sirenes do sistema de comunicação de emergência da barragem Serra Grande, localizada em Crixás (GO).

Lamentamos pelo acionamento equivocado do sistema de emergência e pedimos desculpas aos moradores de Crixás. Ressaltamos que a Barragem está segura e estável.
A empresa já entrou em contato com as lideranças comunitárias e os órgãos públicos competentes para comunicar o ocorrido.

Também estamos apurando os motivos do acionamento indevido. Em caso de dúvidas, entre em contato com nosso canal de relacionamento 0800 72 71 500.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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