Alcolumbre, presidente do Senado Federal, vem resistindo à pauta da anistia, afirmando a parlamentares que essa questão não é uma prioridade. Mesmo que o PL da Anistia seja aprovado pela Câmara dos Deputados, Alcolumbre tem sinalizado que a discussão sobre a anistia dos envolvidos no 8 de janeiro não é uma prioridade para este ano. Ele também destacou a falta de apoio suficiente no Senado para a aprovação da proposta, que se tornou o carro-chefe do ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo fontes governistas e oposicionistas.
Apesar da posição de Alcolumbre, senadores de direita acreditam que a aprovação do PL da Anistia pela Câmara dos Deputados pode influenciar a postura do presidente do Senado. O esforço de Bolsonaro neste momento é persuadir Hugo Motta (Republicanos-PB) a ao menos pautar o projeto de anistia. Além dos partidos de direita, siglas como PSD e União Brasil têm demonstrado apoio à iniciativa, ainda que haja desafios pela frente.
Segundo um senador bolsonarista, o respaldo a uma medida em uma das casas legislativas tem o potencial de melhorar o clima na outra. No entanto, mesmo que o PL da Anistia seja aprovado, seria necessário que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionasse a proposta, algo que ele já se mostrou contrário publicamente. Além disso, há a possibilidade de o texto ser considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Alcolumbre tem criticado o comportamento de deputados, especialmente após falas sexistas contra Gleisi Hoffmann. A atitude do presidente do Senado em não priorizar a pauta da anistia tem gerado debates e expectativas sobre o futuro da proposta. A dinâmica entre as casas legislativas e os posicionamentos dos representantes políticos continuam influenciando o andamento das discussões no cenário político brasileiro.