Além de Goiânia, MP quer que Goiás também reavalie uso de máscaras

Um dia após recomendar à prefeitura de Goiânia que estude o retorno obrigatório da máscaras de proteção facial, o Ministério Público Estadual (MPGO) sugeriu o mesmo para o governo estadual. O pedido considera o número de casos de covid e de solicitações de internação na rede pública de saúde. 

“O objetivo desse estudo é nortear decisões relativas à adoção de medidas de prevenção e de contenção da disseminação do coronavírus nos municípios goianos, incluindo a avaliação da obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção facial pela população goiana em situações de maior risco de contaminação pela Covid-19”, consta no documento. 

Segundo a  promotora de Justiça Marlene Bueno, há três locais mais favoráveis à disseminação do coronavírus passíveis de exigir a obrigatoriedade das máscaras. Ela aponta locais como transporte público, igrejas, supermercados, lojas de conveniências, agências bancárias, repartições públicas, lotéricas, instituições de ensino,  pontos de ônibus, filas de atendimento de serviços públicos ou privados e estabelecimentos de assistência à saúde.

A instituição deu prazo de dois dias úteis para que o secretário estadual de saúde, Sandro Rodrigues, responda ao MGO sobre o acatamento da recomendação sobre retorno das máscaras. A contagem começa a partir desta sexta-feira, 02. Para a prefeitura de Goiânia, o prazo de resposta dado ao secretário municipal de Saúde da capital, Durval Pedroso, foi o mesmo e o de determinação de realização do estudo foi de 24 horas. 

O painel de indicadores de covid da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) aponta 789 casos confirmados de covid no estado desde o último domingo, 27. No mesmo período, seis pessoas morreram em decorrência da doença. Desde o início da pandemia, o total de casos confirmados no estado foi de  1.747.170 e o de óbitos registrados chegou a 27.637.

Surpresa

Pouco mais de dois anos e meio de pandemia, a covid ainda surpreende os cientistas. A perda de olfato e de paladar já não são os sintom as mais comuns da doença e a lista de efeitos do coronavírus no corpo cresceu.

Um estudo recente apontou que a covid pode causar língua peluda, dedo roxo e vergões na pele. O pesquisador da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, Ching-Hong, constatou que esses e alguns outros efeitos inusitados são temporários. Além disso, ele considera que a genética e a falta de vacinação estão relacionadas a diferentes sinais do vírus no organismo.

A principal dúvida é se os problemas são causados pelo coronavírus ou pela resposta do sistema imunológico.

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Goiás tem quatro cidades entre as de maior fluxo turístico do Brasil

Levantamento divulgado pelo Ministério do Turismo (MTur), na quarta-feira, 18, mostrou que Goiás figura com quatro municípios (Caldas Novas, Rio Quente, Goiânia e Pirenópolis) na principal categoria do ranking que mede o fluxo turístico e os empregos gerados pelo setor, em todo o Brasil.

Os destinos turísticos goianos, inclusive, dividem espaço na categoria A com outros locais consagrados no cenário nacional, como Campos do Jordão (SP), Porto Seguro (BA) e Gramado (RS).

Mapa do Turismo

A cidade de Pirenópolis voltou a integrar a categoria A do levantamento, feito com base em todos os municípios brasileiros que integram o Mapa do Turismo. Atualmente, Goiás possui 91 municípios cadastrados formalmente no Mapa do Turismo.

Desse total, 40,7% estão distribuídos nas principais categorias, sendo: 4,4% na categoria A; 16,5% na B; 19,8% na C; e 59,3% na categoria D.

“Temos um grande desafio pela frente, que é o de formalizar os profissionais que lidam diretamente com o turismo e que fazem com que pouco mais da metade dos nossos destinos figurem na categoria D. Mesmo assim, temos que celebrar os avanços conquistados pelos demais municípios, que estão galgando melhorias neste quesito e estão ampliando a participação da receita local com o turismo. Ver Pirenópolis alcançado a principal categoria é motivo de muita alegria”, declara o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral.

Os índices de fluxo de turistas e de empregos formais gerados utilizados no mapeamento do Ministério do Turismo foram levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e correspondem ao período de 2021.

Com base neste levantamento, os quatro municípios goianos que integram a principal categoria disponibilizavam na época 276 estabelecimentos de hospedagem (hotéis e pousadas), que geraram mais de 6 mil empregos diretos e contribuíram com os cofres públicos ao arrecadarem mais de R$11 milhões em impostos.

“Estamos diante de dados econômicos e de formalidade do setor que refletem o ano de 2021, ou seja, ainda dentro da pandemia. Nossa expectativa é que esse cenário seja redesenhado nos próximos levantamentos do Ministério do Turismo, pois vamos retratar um novo cenário, pós-pandêmico, onde o turismo goiano tem avançado a passos largos, acumulando recordes na formalização dos profissionais do setor, e de fluxo de turistas nos nossos destinos”, avalia o presidente da Goiás Turismo.

Um dado relevante da pesquisa é que Rio Quente, com apenas três estabelecimentos hoteleiros registrados foi responsável por arrecadar sozinha R$ 5,1 milhões em tributos e gerar quase dois mil empregos formais.

“Uma cidade que, em 2022, registrava quase 4 mil habitantes, ter quase 50% dos empregos destinados ao turismo é muito relevante. Juntamente com Caldas Novas, formam a região das Águas Quentes, um dos principais destinos turísticos do Brasil”, avalia Fabrício Amaral.

Em âmbito nacional, a pesquisa mostrou que houve um aumento de 151% no número dos municípios que passaram a integrar a categoria A do Mapa do Turismo Brasileiro, mostrando que em todo o país têm sido registrados avanços no setor.

O mapeamento permite ao poder público identificar pontos que merecem mais atenção para a promoção de políticas públicas, e entender melhor sobre o impacto econômico do segmento turístico em todo o Brasil, principalmente regionalmente.

Formalização do setor turístico em Goiás

Em novembro deste ano, Goiás bateu o recorde de adesão de profissionais no Cadastur, atingindo a marca de 8.200 registros e passando a liderar o ranking de cadastros no Centro-Oeste Brasileiro. O número de prestadores de serviços turísticos que atuam de forma legal no estado passou de 1,280 em 2019 para 8.200 em 2024.

O documento que comprova a legalidade de profissionais e empresas turísticas, garante segurança ao viajante e vantagens aos trabalhadores da área.

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