Alemanha: extrema-direita avança

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As eleições na Alemanha estão marcadas pelo avanço da extrema-direita, com a AfD em segundo lugar nas pesquisas. Isso gera tensões políticas e preocupações sobre o futuro da Europa.

Eleições na Alemanha e suas implicações

As eleições na Alemanha, marcadas para este domingo, 23 de fevereiro, estão gerando grande preocupação no cenário político europeu. O partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) deve se tornar o segundo mais votado, o que levanta questões sobre o futuro da política na Europa e seu impacto na União Europeia.

O papel da Alemanha na União Europeia

A Alemanha, como principal economia e maior país da União Europeia, tem um peso político significativo nas instituições do bloco. Qualquer mudança no governo interno repercutirá inevitavelmente na agenda da UE, tornando-a mais conservadora e freando o multilateralismo e a cooperação internacional que são bases do processo de integração, segundo a professora Carolina Pavese, especialista em Relações Internacionais.

A ascensão da AfD e suas propostas

A AfD, fundada em 2013, tem ganhado força principalmente no leste da Alemanha, uma região mais pobre e menos desenvolvida. O partido apresenta propostas contra a imigração, defende o fechamento de fronteiras e a religação do gasoduto Nord Stream, que foi fechado devido ao conflito na Ucrânia.

Um fenômeno europeu

O crescimento da extrema-direita na Alemanha não é um fenômeno isolado. Outros países europeus, como França e Portugal, também têm visto o avanço de partidos populistas de extrema-direita. As pesquisas indicam que Friedrich Merz, líder do partido CDU (União Democrata-Cristã), deve ser o novo chanceler da Alemanha. Merz já descartou uma aliança com a AfD, mas adotou recentemente um discurso mais conservador em relação à imigração, possivelmente para atrair eleitores que não votariam na esquerda ou no Partido Verde.

Desafios enfrentados pela União Europeia

As eleições parlamentares na Alemanha são cruciais para definir respostas da Europa aos desafios apresentados pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A Alemanha e a vizinha França têm sido tradicionalmente os motores da União Europeia, mas ambos estão mergulhados em instabilidade política interna nos últimos meses.

Contexto das eleições

A eleição alemã está sendo realizada sete meses antes do planejado originalmente, depois que a coalizão de três partidos que sustentava o governo do chanceler Olaf Scholz entrou em colapso. A discussão sobre imigração tem colaborado para aumentar a popularidade da extrema-direita alemã.

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